Paulo Archias Mendes da Rocha nasceu em Vitória (ES) em 1928 e formou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo (SP), em 1954. Sua primeira obra, o Ginásio do Clube Atlético Paulistano, de 1957, nesta cidade, já evidencia a ligação dele e de outros arquitetos de sua geração coma arquitetura moderna capitaneada por Vilanova Artigas em São Paulo.
Nos anos de 1960 e 1970, Mendes da Rocha realizou projetos, como o Pavilhão brasileiro da Feira Internacional de Osaka, Japão, em co-autoria com Flávio Motta, Júlio Katinsky e Ruy Ohtake, em 1969, e o Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO), em 1973. Foi neste período que passou a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), onde teve seus direitos políticos cassados pela ditadura militar em 1969, sendo proibido de dar aulas. Retornou à docência em 1980, juntamente com outros professores cassados (entre os quais, Vilanova Artigas), tornando-se professor titular.
A partir da década de 1980, Mendes da Rocha assumiu uma posição de destaque na arquitetura brasileira contemporânea, tendo projetado o Museu Brasileiro da Escultura (MUBE), São Paulo (SP), em 1986, a Capela de São Pedro Apóstolo, em 1987, em Campos do Jordão (SP), o Museu de Arte de Campinas (SP), em 1989, a Residência Gerassi, em São Paulo, em 1990, a Reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo, em São Paulo (SP), em 1999, a Reforma do Centro Cultural da FIESP, São Paulo, com a colaboração dos escritórios MMBB e SPBR, em 1998, o Poupatempo de Itaquera, em São Paulo, juntamente com o escritório MMBB, no mesmo ano, a cobertura sobre a Galeria Prestes Maia, na Praça do Patriarca, em São Paulo (SP), em 2002, intervenção e reforma da Estação da Luz, em São Paulo e projeto do Museu da Língua Portuguesa em 2006, as novas instalações do Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, Portugal, em 2008.
Mendes da Rocha foi agraciado com o Prêmio Mies van der Rohe para a América Latina pelo projeto de reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2001 e, com o Prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial, em 2006.
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