O arquiteto Alexandre Lacerda Landim, coordenador da equipe classificada em 2° lugar no Concurso de Idéias para o Reordenamento da Av. Beira-Mar em Fortaleza, apresentou à Coordenação do Concurso recurso administrativo em face da decisão que declarou vencedor do certame o projeto de n° 20. O recorrente alega que o “resultado está eivado de irregularidade”, pois o trabalho de n° 20 “não obedeceu às determinações e indicações do Edital, do Termo de Referência e da Lei n° 8.666/93, contrariando os postulados basilares dos concursos, quais sejam a legalidade, vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo, isonomia e competitividade”.
Nos seus fundamentos jurídicos o arquiteto ressalta que o projeto de n° 20 “descumpriu diversas especificações do instrumento convocatório e Termo de Referência, entretanto essas irregularidades não renderam ensejo à devida eliminação, desrespeitando o julgamento objetivo e a vinculação ao instrumento convocatório...”, acrescentando que “os vícios do projeto foram registrados em Ata”. O recurso administrativo lista o que supõe vícios de projeto e vislumbra que “o nobre Júri não pautou o seu julgamento nos critérios estabelecidos no instrumento convocatório, adotando critério subjetivo e pessoal de julgamento (...) criando critério de julgamento não inserido no instrumento convocatório ...”.
O recurso acrescenta que “ no intuito de resguardar a lisura do certame, cumpre à Comissão rever o texto da ATA ou efetuar sua complementação, com os devidos esclarecimentos quanto às consolidações e deliberações ao segundo lugar”, tendo em vista que a “Ata assinala que o projeto classificado em segundo lugar ‘trata de modo cuidadoso e criativo os itens do Edital’ enquanto o projeto classificado em primeiro não atendeu a vários itens do edital ...”.
O recurso é finalizado com o pedido da eliminação do certame do projeto de n° 20 e a celebração da contratação da “proposta que cumpriu com todos os requisitos do Edital (projeto n° 18)”.
A Coordenação do Concurso e a Prefeitura Municipal de Fortaleza estão analisando o documento para posterior pronunciamento dentro dos prazos legais.
A Coordenação do Concurso e a Prefeitura Municipal de Fortaleza estão analisando o documento para posterior pronunciamento dentro dos prazos legais.
Parabens!!! alguem se manifestando formalmente contra esse projeto dito vencedor e cheio de irregularidades e com cheiro de Marambaia, quer dizer de maracutaia.
ResponderExcluirEai Sales vai defender????Ou ainda acha o trabalho que ganhou o melhor trabalho?O erro da dessa Marambaia foi não contar que o segundo lugar tivesse o mesmo pensamento que os "anônimos" está claro a marmelada!E com todo o direito o vencedor já está declarado!A voz do povo é a voz de Deus!!!
ResponderExcluirO projeto que ficou em segundo lugar esta 50trilhoes de vezes melhor que o primeiro. Alem de esta mais esclarecido, bonito, INOVADOR, na minha visão e de varios amigos o segundo colocado teria que ser o VENCEDOR para termos uma NOVA BEIRA-MAR. Que isso mude e tenhamos o melhor como vencedor.
ResponderExcluirPara melhor esclarecimentos:
ResponderExcluirContinuo defendendo, integralmente, o instrumento democrático do concurso público de idéias que inclusive permite questionamentos, apresentação de recursos como norma e inclusive dá prazo bem largos para isto aconteça. S;o reler o Edital que isto está prescrito lá.
Por outro lado, creio que a melhor postura foi esta de apresentar o recurso, aguardar a contra justificativa dos organizadores e do Juri e colocar a "fulanização" do debate como querem alguns, em sua devida insignicancia. Só não creio muito neste "chavãozinho" relacionado à "voz de Deus".
E continuo desafiando os "anonimos"a fazerem suas postagens de forma nomeada. Não há motivos de nenhuma ordem para tanto sigilo de postagem. Ou o postador não tem certeza do que posta ou esta querendo mesmo é conturbar a discussão que até então está de ótimo nível. Para quem tem dúvida, ver o que bem escreveu o nosso colega Elton Timbó.
E temos aí um longo espaço de tempo à debater. Provavelmente todos estão com excesso de tempo em função dos recessos de festas de Natal e Ano Novo.
ResponderExcluirTem uma outra postagem anterior que merece nossa reflexão sobre o denominado Aeroporto Internacional de Jericoacoara(Isto mesmo de padrão internacional), a ser localizado no vizinho município de Cruz, solução pelo foi veementemente contestada pelo Prof. Antonio Mourão Cavalcante, em artigo de O POVO.
Interessante notarmos que este projeto desta ordem e referencia não tem a nomeação de seus autores, nem a designação das formas de sua contratação. Também não se conhece nenhum Edital publicado sobre o mesmo.
Entendo também que este deveria ter sido também objeto de um concurso público nacioanl de idéias. Da mesma forma também se realizou e está em implantação o Aeroporto Regional Canoa/ Aracati. Indago qual as posições do senhores debatedores e da atual Diretoria do IAB/CE.
Parece que o autor é arq. e astista Totonho Laprovitera. Ta no orkut dele
ResponderExcluirCaros Debatedores,
ResponderExcluirNão sou um assiduo internauta, nem visito blogs com frequencia. Chego um pouco atrasado ao debate, mas há tempo de fazer algumas criticas e observaçõoes.
Acho fundamental a visita e a participação dos arquitetos aos eventos e estimular o debate limpo, as questões arquitetônicas, as criticas aos projetos participantes, virtudes e potencialidades. Acho que não precisamos ter MEDO nem usar carapaças "anonimas" para fazer críticas.
Nem mesmo que se façam criticas a nivel pessoal. Acho que deveriamos aprender com outras classes profissinais (ex. corretores de imoveis) uma forma de unir-se e ganhar espaço politico, fortalecer o IAB, arrecadar recursos para ter uma forma digna de concurso, exposições, intervenções e debates. Acho que o concurso é uma ferramenta muito importante, bem defendida por José Sales.
Este concurso é resultado da nossa sociedade atual. Retrata muito bem o que existe por debaixo dos panos e anonimatos. Uma sociedade “trancada”, reunida de grupos em grupos. Uns estão no topo, outros pensam “por que eu não estou lá?!”, “por que não é o MEU projeto”... Outros esses que não mostram a cara, não mostram o nome, e vêem “fulanizar” o debate, inclusive trazendo insultos de baixo nível e de caráter pessoal. Puro despeito!
Antes que digam que fui enviado pelo Sales, figura polêmica pelo seu envolvimento nos diversos fatos políticos relacionados à arquitetura, principalmente, vou justificar o meu respeito por ele. Não o conheço muito profundamente, mas sempre o vejo a colecionar “inimigos” por trazer a tona a verdade e transparência.
ResponderExcluirEntendo que ele não esteja a defender a equipe vencedora, ou nenhuma outra equipe, mas a figura CONCURSO, com todos os seus instrumentos, inclusive recursos e questionamentos.
Sobre o presente concurso, parabenizo o IAB.CE pelo envolvimento com o concurso proposto pela prefeitura. Mesmo com o termo de referência feito pela Prefeitura e suas secretarias. Acredito que o IAB e o coordenador do concurso, Antonio Martins Rocha Jr., tivessem elaborado um Edital muito mais eficiente, embora as condições impostas pelo Executivo não os favorecem para tal. De toda forma, espero que o Instituto ganhe forças e espaço para realização de MAIS concursos. A cidade precisa de mais projetos e nós, arquitetos, precisamos de mais educação e envolvimento com os demais.
Sobre as propostas. Achei que o Edital era muito difícil de ser cumprido. Muito trabalho para um concurso de idéias. Poucas propostas foram completas. Nenhuma tão completa como a equipe 18. Gostaria, então, de parabenizar ao escritório ARCHITECTUS, coordenado por Alexandre Landim, pela proposta mais consistente, que mostra integração, participação em conjunto de toda a equipe. Se eu tivesse poder de escolha, seria o vencedor. Acredito que se tivesse uma eleição do júri popular também.
Pessoalmente não achei nenhuma proposta com excelência para a feirinha. Uma equipe do Rio fez uma coberta que priorizava o sistema de vistas. Muitas outras optaram por fazer uma ponte de pedestres. Não acho a melhor opção por favorecer a vista apenas aos que passam sobre a passarela e sacrifica a função principal da feira, que sai dos carros de geladeira para funcionar embaixo da ponte.
ResponderExcluirAchei o desenho urbano da equipe coordenada por Alexandre Landim muito bom. Uniforme, além dar identidade a cada espaço, favorecer o sitema de vistas e um paisagismo denso que favorece as áreas de convivência sombreadas.
A equipe coordenada por Nelson Serra fez um Mercado dos Peixes muito bom, provendo de uma boa ifra-estrutura de serviços, escondida do publico, garantindo uma edificação com várias frentes, priorizando o espaço público e o sistema de vistas. Acrescentando um bom desenho da coberta que garante integração até quando visto dos prédios mais altos. A equipe também desenvolveu um MARCO muito interessante. Uma escultura de 20m que traz uma contemporânea solução ao tão utilizado ícone cearense: a jangada.
A equipe coordenada por Ronaldo Fiúza, fez uma proposta de sistema viário com excelência. Com bastante ousadia, a equipe propôs ZERO vagas ao longo da avenida. Favorecendo o convívio de pessoas e pedestres e resolvendo o fluxo com transporte alternativo e auxílio das vias transversais. Apesar de desobedecer o termo de referencia, achei a melhor proposta de vistema viário. Garantindo o embarque e desembarque do setor de hotalaria, o acesso aos deficientes e minimizando os impactos negativos do excesso de veículos na orla. Priorizado pelo Edital. Encoranjano o comercio irregular, os vendedores de bebidas, frutas, roupas, etc. Que utilizam as vagas para seus estabelecimentos móveis e transporte de turismo irregular.
Incentivo a todos que puderem folhear todas as pranchas ver, apreciar, criticar, devanear e prestigiar os eventos e as exposições realizadas pelo IAB nos locais informados. Talvez possamos elevar o nível dos nossos debates. E é por isso que sou contra a disponibilização de todas as pranchas em meio eletrônico. Precisamos promover os eventos e os encontros pessoalmente, sem anonimatos, sem fulanizar.
Cordialmente,
Feliz Novo para todos que participaram deste debate. E que em 2010 tenhamos novos concursos de idéias e que o debate permaneça vivo, pois isto significa muitissimo para nossa cidade e também para a nossa profissão.
ResponderExcluirCordialmente
Caro David Pontes
ResponderExcluirSuas colocações são adequadissimas. E sua vinda ao debate se dá em boa hora.Concordo consigo sobre os comentários sobre a dificuldade em cumprir o Edital na integra: mas concurso é assim mesmo e existe até a possibilidade de haver contrapontos ao edital. No mais, agradeço muitissimo seus comentários e referencias ao que expus: sou radicalmente a favor de concursos de arquitetura e urbanismo.
Cordialmente
Aos "anonimos", apesar do rancor de alguns, meus votos de Feliz Ano Novo e muitas realizações e, um pouquinho de Maracujina que faz bem e acalma as "raivas".
ResponderExcluirCordialmente
Parabéns pela iniciativa, esse concurso tem mesmo é que ser anulado.
ResponderExcluirLembrando que as "escapadinhas do edital" são privilégios da equipe vencedora.
A depreciação do valor do Edital é novo e aparece agora aos defensores da equipe vencedora para tentar legitimar essas "escapadinhas".
Tem mesmo é que anular este concurso ja com um ganhador ja definido antes mesmo do concurso e um projeto tosto...agora com esse Sales na Vice- presidência do IAB as coisas ai é que vão piorar...
ResponderExcluirSe não é para ser seguido, porque exibir um edital? Qual o critério de seleção e julgamento? Simpatia?
ResponderExcluirEmiliano Cavalcante
Estudante de arquitetura e urbanismo, desde já incomodado
Nada contra os arquitetos cearenses, mas a Beira-mar sempre foi tratada aquém de seu potencial - com soluções urbanísticas ineficazes em muitos aspectos. Ao longo de várias gestões vimos surgir calçadões carentes de equipamentos interessantes, ciclovias, valorização da paisagem, espaços para eventos, até mesmo de um grafismo bonito para o calçadão. Realmente temos bastante potencial para apresentarmos um desenho interessante sem extrapolar nos gastos. Esse concurso parece uma colcha de retalhos: equipes propuseram soluções melhores para alguns pontos, mas pecaram em pontos cruciais, e por aí vai.
ResponderExcluirProponho passar uma borracha em tudo e contratar um escritório estrangeiro...ê dureza!!!
Meus caros, lembrem-se que o concurso deu apenas 2 meses para projetar mais de 3mil metros lineares de litoral. Esse escritório estrangeiro toparia fazer o projeto nesse mesmo espaço curto de tempo?
ResponderExcluirMeio inviável, né?
Outra coisa, no edital o concurso exigia um nível de anteprojeto. Em entrevista ao jornal bom dia ceará, o coordenador do concurso, Rocha Júnior, além de citar os inúmeros erros de projeto da equipe vencedora disse que tratava-se de apenas um estudo preliminar.
Aí meus amigos, tá difícil...
Sou arquiteto e já participei de alguns concursos nacionais de ideias quando morava no Sul. Tive a oportunidade de ganhar um (em SP)e ser vice em outro (RS). Em todos eles posso afirmar que os projetos vencedores SEMPRE tinham divergências com o edital. Para falar a verdade, não gosto de regras demasiadas rígidas, pois afinal, são IDEIAS, e não projetos executivos. O meu conselho para quem quer participar de concursos é não dar muita bola para edital, e sim, caprichar nas SOLUÇÕES.
ResponderExcluirPrezado Guilherme Studart
ResponderExcluirO debate é bem vindo, mas deve ser feito com conhecimento de causa. O Concurso era sim em âmbito de estudo Preliminar, segundo explicita o item 7.3 do Edital: “Os trabalhos deverão ser apresentadas sob a forma de Estudo Preliminar e seguir rigorosamente as normas estabelecidas pelo Regulamento do Concurso, a fim de garantir a uniformização, neutralidade e preservação do sigilo dos participantes, garantindo-lhes uma avaliação isenta por parte da Comissão Julgadora”. Leia realmente o Edital – que é público – para que possa ter credibilidade em seus comentários.
Antônio Rocha Jr.
Coordenador do Concurso
Vi isto recentemente na 8ªbia (estudantes), que cravou em segundo lugar um projeto que não levava em consideração os requisitos estabelecidos no edital. Este tipo de coisa causa um desequilíbrio, afinal, solucionar o número de ítens expostos como regra resulta em maior tempo e desgaste dos neurônios. Somente dois caminhos merecem apreço: a liberdade total ou a obrigatoriedade no cumprimento dos ítens pré-estabelecidos. E exposto de forma clara em caixa alta e negrito. Qualquer coisa diferente disto é faroeste.
ResponderExcluirO Arquiteto Romel Girão "acertou na mosca". Afinal de contas, os concursos são de idéias e nos mesmos existe inclusive a possibilidade oportunidade de serem feitos contrapontos aos próprios editais.
ResponderExcluirO que interessa, muito mais, é conjunto de resultados apresentados, que é apresentado ao juri sem registro de autoria, que então faz o competente julgamento e escolha dos vencedores e ainda recomenda aprimoramento das idéias apresentadas, que devem ser levadas em conta quando do desenvolvimento do plano/ projeto.
Todo concurso de idéias é realizado a nível de estudo preliminar e em alguns casos raríssimos aproximando-se de um anteprojeto. Estes resultados são aprimorados ou até substituidos no decorrer do desenvolvimento do projeto, tendo em conta vários fatores relacionados ao desempenho, custos, viabilidade técnica e outros.
Vide o nosso conurso mais famoso é o caso de Brasília, vencido pelo Professor Lúcio Costa, a partir de um singelo estudo preliminar e alguns croquis e definição básica de conteúdos. Vide o Concurso da Requalificação do Vale do Anhagabau em São Paulo em que o primeiro e o terceiro lugares apresentaram propostas com grande similaridade, sempre a nível de estudo preliminar. Vide o Concurso para a Ópera de Sydney que envolveu a solicitação de tantas alterações que incomodaram sobremaneira o autor da proposta.
Caros debatedores
ResponderExcluirExistem um Edital e existe um Juri, que também interpreta o mesmo e faz a devida seleção. Não existe esta situação de prerrogativa do Edital sobre o Juri. Por outro lado há a impossibilidade do Juri em discriminar quem apresentou tal e qual proposta, na medida em que não existem identificações dos participantes e tão somente a colocação de um a numeração por ordem de entrega. Os slecionados só são conhecidos quando da abertura dos envelopes lacrados. Isto leva a que todos os concorrentes concorram em "pé de igualdade" unicamente com a apresentação de seus conteúdos autorais.
Se porventura há identificações de concorrentes estes são desclassificados. Pelo que consta um dos concorrentes foi desclassificado.
Obrigado pela correção, Rocha Jr. Finalmente alguém responsável pelo concurso apareceu para dar alguma resposta.
ResponderExcluirQuanto às outras indagações creio que não possa responder, não é?
Refiro-me aos pontos chaves do edital, tal como vista privilegiada ao mar, feira fixa, prioridade aos pedestres, acessos, entre outros...
Quanto ao comentário de Rommel, confesso que também achei que o edital "engessava" muito o projeto, mas ele está escrito em forma de lei, e dele não se podia exceder. Ou estou errado?
Não entendo como uma proposta que fere fortemente pontos importantes do edital possa ser uma escolha unânime. O partido não condiz com o edital em sua essência! Não é uma questão de pequenos ajustes, mas de linha de pensamento, de prioridades.
ResponderExcluirEntão se o critério de escolha não é objetivo, baseado no edital e, mais importante, no que é desejado para essa área tão cara da cidade, como confiar na lisura do julgamento?
E, ainda que eu não seja um gênio, não vi na proposta algo que pudesse aproximá-la da Ópera de Sydney...
É uma pena para a nossa Fortaleza!
Espero (talvez em vão) que os debates não morram por aqui
Prezada Cecilia Andrade
ResponderExcluirVeja, neste mesmo blog, documento do IAB-CE em que são expostos os motivos da entidade ter negado o provimento ao recurso administrativo impetrado pela equipe classificada em segundo lugar, recurso que questiona o julgamento da Comissão Julgadora. Analise o documento e prossiga com o deabate.
Segundo a entidade, todos os motivos estão expressos neste documento. Isso é apenas um desfile de monólogos.
ResponderExcluirO IAB está hermético.
Diante de tanta subjetividade não há como haver debate.
PS.: Já que o edital não precisa ser atendido e o concurso é de idéias apenas, que tal trocarmos a banca pelo voto popular? Essa talvez poderia ser uma mudança positiva.
Prezados Leitores do Blog do IAB/CE,
ResponderExcluirEu, Alexandre Landim Coordenador da Equipe da ARCHITECTUS segundo colocado o concurso da BEIRA MAR DE FORTALEZA, venho através deste esclarecer alguns aspectos veiculados neste BLOG.
1 – DA IDONEIDADE DO CONCURSO
Consideramos qualquer comentário sobre a lisura do concurso ALGO MALIGNO, DESCABIDO, IMATURA E COMPLETAMENTE ABSURDO.
1.1. Em primeiro lugar conhecendo a pessoa do arquiteto RICARDO HENRIQUE MURATORI, HOMEM INTEGRO, na verdade UM EXEMPLO DE PROFISSIONAL E SER HUMANO, onde a ÉTICA E DEDICAÇÃO AO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DA ARQUITETURA SÃO UM GRANDE EXEMPLO A SER SEGUIDO. Vale ressaltar que o mesmo já ganhou vários outros concursos (salvo engano cinco) tendo sido menção honrosa em vários outros, o que não deixa nenhuma dúvida sobre o seu talento e a qualidade indiscutível do seu trabalho. Este jamais se prestaria a destruir uma carreira construída nos mais rigorosos princípios éticos e muito trabalho.
1.2. Sobre o arquiteto Fausto Nilo, este um grande conhecedor da cidade de Fortaleza, um profissional de imenso conhecimento, algumas vezes sujeito à polêmicas como todos aqueles que exercem a arquitetura de forma pública, pois nossa obra está posta como argumento definitivo diante dos críticos sem podermos nos defender dos processos muitas vezes ingratos de projeto.
1.3. E para refutar qualquer comentário da lisura do concurso, qualquer pessoa em sã consciência sabe que profissionais do timbre da Rosa Grena Kliass, Fábio Penteado, Matheus Gorovitz, já mais sairiam de suas cidades para legitimar algo ilícito, pois mais que tudo todos tem um nome e uma reputação a zelar. Conhecendo a postura profissional e a integridade do professor Roberto Castelo o qual havendo transmitido seu conhecimento a diversos profissionais (inclusive a nossa equipe) que hoje exerce a arquitetura, e dos demais membros do seleto júri, isso é simplesmente inconcebível.
2 – O PORQUE DO RECURSO
2.1. Entramos com o recurso pela defesa do nosso Direito e de todos aqueles que, de uma forma ou outra, se sentiram prejudicados pelo não cumprimento do Edital por parte de qualquer envolvido, júri ou participante. Muitos participantes desistiram por não aceitar as imposições do EDITAL, outros foram desclassificados por não atender ao edital. Nós trabalhamos muito para cumprir com o EDITAL, procuramos soluções que talvez não sejam as melhores, mas sempre em busca de atender a Lei que regia o certame.
Consideramos um absurdo, um desrespeito a todos os profissionais estas colocações que muitos me fazem: “QUEM GANHA CONCURSO É QUEM FOGE AO EDITAL”, isto é uma agressão ao direito individual, ou exercício da profissão, um desrespeito aos demais participantes e uma afronta a Lei. È como se a comissão julgadora fosse superior a Lei. Muitos falam: “a comissão é soberana”, e o é, mas dentro dos limites da LEI. Pode-se conceber juízes ou tribunais julgarem por que acham o que é mais correto e não baseados no que a LEI determina? Cada um poderia fazer e julgar dentro de suas próprias convicções e a LEI não seria mais necessária.
Parece-me prática comum por parte da comunidade de arquitetos aceitar essa situação de desrespeito à legalidade como algo normal, enfaticamente não o é. Resta aos organizadores elaborarem melhores editais, terem em seu corpo técnico de julgadores conhecedores dos procedimentos tanto arquitetônicos quanto legais, para defender o direito de todos os envolvidos.
No caso do concurso da Beira-Mar de Fortaleza, acredito que um parágrafo único como regra no qual se deixava livre as idéias teria sido a solução, mas não o foi. Ao contrario, se estabeleceram varias regras, diversas perguntas feitas ao longo do processo foram respondidas alegando que a resposta estava no EDITAL, que o EDITAL deveria ser seguido, etc,etc.
3 – SOBRE CONCURSO.
Somos totalmente a favor dos concursos, pois acreditamos que a cidade e a população são os maiores beneficiados, mas concursos com regras estabelecidas e que sejam validas para todos e claro com editais bem elaborados.
CONTINUA A SEGUIR
Alexandre Landim
4 – SOBRE O PRONUNCIAMENTO DO IAB/CE
ResponderExcluirSobre a resposta do IAB/CE consideramos que seguiu o mesmo erro da ATA de julgamento e dos comentários públicos proferidos pelo seu presidente e coordenador a época, tentando defender ou descontextualizar as claras demandas do EDITAL como se tais fossem meras frivolidades, paradoxalmente posição contrária ao que era defendido inicialmente. Não estamos tratando da qualidade do projeto arquitetônico ou urbanístico, estamos defendendo o cumprimento da LEI, que neste caso é o EDITAL.
5 – SOBRE A BUSCA PELO DIREITO
Nós arquitetos somos profissionais com grande preocupações éticas, na verdade onde o discurso prevalece mais que nossas ações, pois somos uma classe das mais vaidosas e que temos grande dificuldade de ouvir opiniões e refutamos qualquer critica. Além de ser uma classe desprovida de representatividade. Muitos dos colegas os quais venho conversando ficam questionando nossa postura de buscar nosso direito, pois este é um dos principais problemas da nossa classe, passiva e mal organizada. Buscar nosso direito dentro dos princípios da justiça não é antiético, feio ou deselegante é apenas lutar pelo que seja equânime, e claro onde prevalece a justiça prevalecerá o comportamento ÉTICO.
6 – POR FIM.
Parabenizo o IAB/CE pela elaboração do concurso. Agradeço a todos aqueles que nos parabenizaram e nos apoiaram.
Gostaria de aproveitar a oportunidade para expor nossa situação: as circunstâncias pessoais entre membros da nossa equipe e da equipe nomeada em primeiro lugar tornou nossa decisão de lutar pelo nosso direito algo muito mais difícil e sofrido, até de maneira não consensual, mas que fique bem claro que estamos lutando não contra o primeiro colocado, mas sim na busca da justiça, na defesa do direito que nos é devido e a todos os demais participantes. Espero que finalmente todas as leviandades, acusações e comentários colocados de forma anônima neste BLOG sejam objeto de moderação por parte do seu proprietário, sob pena de causarem danos irreparáveis às pessoas de dignidade e reputação ilibada que construíram sua carreira pautada na honestidade, como o citado Ricardo Muratori, parceiro, colega e profissional do qual nos orgulhamos de haver trabalhado em diversos projetos, tendo aprendido muito sobre arquitetura e postura profissional.
ALEXANDRE LANDIM
Infelizmente (ou felizmente?) temos 1/2 dúzia no IAB que decidem Democraticamente (SERÁ?) como as 'coisas devem ser encaminhadas'. Ora, a partir do momento que nós observamos instituição que contempla 'indivíduos' que nem graduação são possuidores, casos passados (não se trata deste concurso!!!! LEIA-SE BEM CLARO, CERTO SR. SALES?), acho que já estaria na hora de acabar com a Graduação de Arquitetura e Urbanismo tal e qual foi feito no Jornalismo, nomearíamos 'O TALENTO', (este comentário não tem nada com este debate, por enquanto, CERTO Sr. Sales?) assim teríamos algo sério. Vejamos o caso de outras profissões, a exemplo de MEDICINA, COREN etc. (sou médico) - nunca vi no meu conselho ou em minha associação de classe contemplar CURANDEIROS, que, diga-se de passagem, não existe nenhuma ação por parte desta Inst. de Classe nem do CREA. Falta de ética, leilão de preços de projeto de arquitetura, não cobrança de consultas etc. que se fossemos enumerar a lista não teria fim, são características desta profissão. Não quero, aqui, polemizar, porém tenho um filho que cursa Arquitetura, e me envergonho do que eu vejo na profissão e neste DEBATE, inclusive partindo do Senhor Sales que chamou a todos aqui debatedores de - "... é um direito que assiste aos medíocres". A partir do momento que V.Sa. (com todo respeito) se vulgariza, trocando bate boca com os medíocres, V. Sa. passa a ser um deles. V. Sa. deveria lembrar que a DITADURA já se foi e já faz bastante tempo, aliás, para alguns. E que a Instituição deveria levantar bandeira em prol da moralização da profissão ou uma campanha em que mostrasse de fato o que é UM ARQUITETO! e não ficar e textualizando, escrevendo (como V.Sa. queira interpretar) festival de besteirol de um fato que não vai levar a lugar nenhum nem vai tirar o mérito da questão da decisão de 1/2 dúzia que fazem o IAB. Moralize primeiro a ética da profissão para depois torná-la digna de um debate sem anônimos! Não sou eu que textualizo ou dou este depoimento, mas é uma situação pública e notória e de fato generalizada. LEIA a seguir trechos.
ResponderExcluirNovos rumos da arquitetura?
ResponderExcluirFalta de ética e hipocrisia no exercício da profissão
FONTE: http://www.vitruvius.com.br/drops/drops08_06.asp
Outro dia, visitando um website na Internet, li uma entrevista com um renomado arquiteto falando sobre o subemprego na arquitetura. Na entrevista, ele criticava os jovens arquitetos que se formam e passam a trabalhar em lojas de decoração como consultores – vendedores. Fiquei pasma com a falta de humildade, a arrogância e a hipocrisia existente.Logo, manter um escritório nos dias de hoje não é tarefa muito fácil, visto que o mercado ainda não é tão grande e de certa forma é um pouco saturado, devido aos vários arquitetos que saem anualmente das universidades e também poucas pessoas têm a consciência da importância do arquiteto.
TEXTOS E OPINIÕES A Arquitetura ainda tem espaço no Brasil? Fonte:http://www.hiarq.com/pagina_aux.php?id_pag=05&id_pag_aux=63&id_secao=2- Sou membro de um escritório de projetos de arquitetura “jovem” (no sentido empresarial, pessoal e conceitual) onde desenvolvemos os mais diversos tipos de projeto para todas as finalidades. Procuramos ao longo do tempo desenvolver uma linha de raciocínio, conceituação e ética para o orientar a evolução do escritório. Sempre buscando, acima de tudo, a preservação e valorização da profissão de arquiteto, pois é dela que vivemos e, portanto devemos preservar. A postura que os arquitetos vem assumindo perante o mercado imobiliário e sua exigência é de imobilidade, inércia e acomodação. Cada um olhando para seu mundo esquecendo que a profissão é constituída pelo trabalho de um conjunto de profissionais que tem peso enquanto grupo, foi aos poucos abandonando as discussões e empenho em lutar por suas idéias diante de uma pressão crescente por parte de quem contrata, incorpora e constrói. Não cabe aqui discutir o que veio primeiro: O contratante arrochando os valores gradativamente, ou os arquitetos que foram flexionando sua valoração até um ponto de insolvência e impossibilidade de se administrar uma empresa de projetos.
ResponderExcluirCONTINUAÇÃO: Sem dúvida é mais fácil e rápido fechar um projeto barato e sem discutir ou desgastar a relação entre cliente e profissional com longas negociações e argumentações sobre a importância da contratação e o trabalho de um arquiteto, do que não contrariar o contratante fazendo com que este pague muito mais pelo trabalho sem saber que o fez. Porém a questão aqui não é de agilidade empresarial, mas sim de falta de ética.O arquiteto, portanto, tornou-se aquele que não conhece o mercado e é dado aos devaneios. Fachadas, plantas e implantações muitas vezes são decididas por todos menos os arquitetos. Até a palavra do corretor que tem uma formação técnica ou prática de vendas, tem mais peso que o autor do projeto em uma decisão a ser tomada, pois eles têm o contato com os compradores e sabem os “melhores caminhos” para as vendas. Há casos que as empresas de marketing contratadas para divulgação junto com empreendedor resolvem as fachadas e linguagem dos edifícios junto com os maquetistas ou perspectivistas. Ou seja, como diz o colega arquiteto George Hochheimer “quem define a cara da cidade é o corretor” e, volto a dizer, este tem formação de vendas e nenhum conhecimento de história, estética e, muito menos, de arquitetura. O que nos resta então?
ResponderExcluirContinuação:...Apenas a concepção inicial e o trabalho burocrático de aprovação nos órgãos legais? Ou melhor: desenvolvermos projetos de outros arquitetos mais renomados e “caros” que foram contratados apenas para o ante projeto e prefeitura (garantindo a “grife” da assinatura), criando uma cadeia regressiva de terceirizações colocando todos os profissionais em cheque. Se de fato há uma “seleção natural” que o mercado cria classificando os profissionais em mais caros ou mais baratos, porque não assumir isto estabelecendo uma categorização dos escritórios baseada em currículo, tempo de existência, metros quadrados projetados, cursos feitos e quantidade de profissionais associados ou contratados, que formariam um conjunto de informações com peso e medida palpáveis e, portanto, passível de valoração proporcional. Ao menos seria uma alternativa no meio do caos, possibilitando uma adequação mais flexível ao mercado sem perder sua coerência com as regras estabelecidas para a prática profissional.
ResponderExcluirÉ dentro deste contexto que me fiz a pergunta mote deste texto: Ainda há espaço para a Arquitetura no Brasil? Penso, talvez utopicamente, mas ainda assim acreditando, que podemos resgatar o orgulho e a viabilidade de sermos arquitetos e gerirmos nossos escritórios com dignidade neste país. Seria necessária uma revisão de postura profissional por parte de todos componentes do setor e, principalmente uma união em torno de uma questão comum que é a nossa sobrevivência e, principalmente, a sobrevivência da arquitetura. Luciano Imperatori 30/03/2004
Concluo: CONCLUSÃO: Esta é a 'A credibilidade do IAB e construída...?' O fato é que pelo os textos aqui encontrados, não houve tempo para os DEBATES ARROLAREM e isto não justifica a urgência de tamanha monta.
ResponderExcluirEntão, a qualidade do projeto em questão reflete a falta de debate e discussão que caracteriza o panorama arquitetônico atual no Brasil, e que acaba por resultar na pobre qualidade de grande parte dos projetos públicos (e muitos dos privados) realizados no país. Seguramente o concurso é uma (dentre outras) principal ferramenta para provocar este debate e elevar o nível da produção, diga-se de passagem, ANTES e DEPOIS e quem poderia dizer, DURANTE.
Parece absurdo, que um projeto que vai representar uma paisagem cearense, não foi e que também não será aberto ‘a propostas’ como deveria amplamente ser debatido e discutido. E as olimpíadas do Rio? E a copa 2014?? Vai ser sempre assim??? Muito Obrigado a todos INICIEM, batalhem pela moralização da profissão. SEJAM ÉTICOS! SEJAM VERDADEIROS!
Como os caracteres são limitados, tenho que dizer CONTINUA...
ResponderExcluirISTO me lembra muito bem
Concurso para o Pavilhão do Brasil na Expo Xangai 2010 - Não foram localizadas nas páginas da AsBEA ou da APEX na internet informações sobre o referido concurso. Não há informações sobre quando a seleção foi realizada, quais foram os procedimentos, se o concurso foi restrito a convidados, qual a comissão julgadora ou sobre os critérios de seleção. Em nenhuma das referidas páginas foram encontrados registros de anúncios do lançamento do referido concurso. O portal concursosdeprojeto.org entrou em contato, por meio de correio eletrônico, com as duas instituições e aguarda maiores informações sobre o referido concurso. Foi contactada também a Assessoria de Comunicação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que em 2008 assinou contrato para a participação do Brasil na Expo Xangai 2010. E O IAB NACIONAL NÃO SE PRONUNCIOU!
Vejam em: http://concursosdeprojeto.org/2009/05/22/concurso-expo-xangai-2010-br/