Ainda faltam muitas informações para ser possível dar essa resposta adequadamente: afinal, os empregos do estaleiro irão durar quanto tempo? Quem será favorecido já que a população do Serviluz não tem qualificação adequada? Oferecer 1.200 empregos para uma região tão pobre como aquela é sempre uma atitude positiva, mas, antes de se decidir pela instalação ou não de um empreendimento de tal dimensão, deve-se pesar se vale mesmo a pena diante de outras potencialidades pouquíssimo exploradas até aqui e que estarão sendo anuladas, como a do surfe e a do turismo, além das relações dos moradores dali com o mar, que serão totalmente modificadas. Abrir para um amplo debate, com os mais diversos segmentos da sociedade, é algo que deve anteceder qualquer decisão.
Fonte: OPINIÃO/ O POVO por Kamila Fernandes/ Editora adjunta do Núcleo de Conjuntura do O POVO
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