O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assegurou, em audiência com a prefeita Luizianne Lins dia 17 de junho de 2010, que o litoral cearense terá um estaleiro. Com a reunião, a prefeita de Fortaleza garantiu que o empreendimento fosse localizado fora da orla da capital.
No encontro, Luizianne apresentou o estudo das alternativas de localização do Estaleiro Promar Ceará feito por técnicos da Prefeitura de Fortaleza. O estudo foi realizado com o objetivo de garantir o desenvolvimento de Fortaleza em consonância com as questões sociais e ambientais. Os resultados comprovam que seria possível instalar o empreendimento no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, uma área mais adequada à indústria naval, a custos menores que em qualquer ponto do litoral de Fortaleza.
Numa metrópole em que vivem mais de 2,5 milhões de pessoas e que tem o litoral como uma das maiores marcas culturais e econômicas, a construção de um estaleiro de um milhão de metros quadrados iria de encontro aos interesses da cidade e da população. Outros Estados do Nordeste, como Alagoas, Pernambuco e Bahia, tiveram seus estaleiros construídos fora das capitais.
A tendência da atualidade é que as grandes indústrias sejam levadas ao interior do Estado, priorizando as metrópoles como locais de ocupação urbana. Um exemplo disso no Ceará é a fundação do Distrito Industrial de Maracanaú, na década de 1960, criado na intenção de concentrar as atividades industriais fora da capital.
Sob a mesma perspectiva, a criação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém foi uma importante estratégia para desconcentrar as atividades industriais do complexo da área portuária do Mucuripe. O Porto do Pecém, inaugurado em março de 2002, tem capacidade de receber navios de grande calado (profundidade) e também uma facilidade de transportar grandes peças e contêineres que o Porto do Mucuripe já não possuía, devido à intensa ocupação na região.
O parque de tancagem do Porto do Mucuripe será desativado em breve, transferindo o terminal de combustíveis para o Complexo do Pecém, o que reafirma a tendência de os serviços da indústria naval cearense serem desenvolvidos naquela região.
A instalação do estaleiro próximo ao Pecém traria enormes vantagens logísticas para o empreendimento. A Companhia Siderúrgica do Pecém, em fase de terraplanagem, facilitaria o transporte das chapas de aço – material que compõe 80% de um navio, sendo, portanto, o principal insumo dos oito gaseiros a serem construídos pelo Estaleiro Promar. A proximidade de um porto de grande capacidade, essencial a um empreendimento construtor de navios, também estaria garantida.
Só lembrando.
ResponderExcluirA proposta de consolidar um complexo industrial portuário no Estado do Ceará, vem do ano de 1995, quando os primeiros para a determinação do mesmo foram iniciados e está vinculada ao Plano de Desenvolvimento Sustentável 1995/1998/ Governo Tasso Jereissati e ás recomendações do PAI/ Programa de Atração de Investimentos do Estado do Ceará.
De fato esta proposta estratégica buscou referencias nos PLAMEGs/ Plano de Metas Governamentais/ Governos Virgilio Távora que indicavam que um dos caminhos estratégicos para o Estado do Ceará, que se vinculava a uma modelagem de industrialização vinculada a situações de adensamento urbano, onde se situavam as melhores infraestruturas e logistica e facilidade de mão de obra intensiva.
Os rpimeiros estudos localizacionais do Porto do Pecém e consequentemente do CIPP/ Complexo Industrial Portuário do Pecém foram feitos pelo INPH/ Instituto Nacional de Pesquisas Hidraúlicas, com apoio do Danish Institute of Hydraulic e do Consórcio Conuslmar Hidromod/ Portugal, com participação de profesores do CT/ UFC - Centro de Tecnologia da UFC.
ResponderExcluirPessoalmente considero um avanço qualificado, esta mudança de postura do staff técnico da Prefeitura de Fortaleza e o endosso da própria Prefeita Luizianne Lins, que agora consideram o o CIPP/ Complexo Industrial Portuário do Pecém como uma diretriz estratégica adequada aos rumos do desenvolvimento do estado do Ceará. Estamos assim todos nos rumo certo.
ResponderExcluirPerdemos a refinaria para Pernambuco. A refinaria Premium I vai ser no Maranhão. Por intrasigência da prefeita, perdemos o estaleiro, que talvez seja em Pernambuco. A refinaria premium II talvez só seja construída em 2017. Estamos no caminho de nos tornar o estado mais pobre do nordeste, isso lá é rumo certo.
ResponderExcluirMeu caro jedmirjr
ResponderExcluirEstou me referindo às diretrizes estratégicas para o Estado do Ceará que estão postas na mesa desde 1995 e só agora estão sendo reconhecidas e louvadas como corretas até por grupo que as julgavam inaceitáveis.
Quanto às perdas citadas por vc, concordo que elas são de monta e em alguns casos irreparáveis.
Mas acontece qque nossa classe política dirigente local, por vezes só legisla em causa própria e puntual. Para a bancada que está no Congresso talvez seja mais importante 10.000(Dez mil) passagens molhadas em suas bases regionais/ municipais do que um estaleiro e muito menos uma refinaria.
Infelizmente é assim que rola cá no Siarah.