O arquiteto e ex-superintendente do Instituto do Patrimônio da União (Iphan) no Ceará, Romeu Duarte, avalia, no caso da decisão judicial de demolir as barracas da Praia do Futuro que “está faltando inteligência e sensibilidade à Prefeitura de Fortaleza e ao Ministério Público Federal”. Para ele, se é bem verdade que a ocupação da faixa de praia pelas construções chegou às raias do absurdo, é também verdadeiro que o público, formado pelos locais e turistas, têm nas barracas (que de barracas não têm nada...) um tradicional porto seguro para as suas atividades de lazer. O que deveria ser feito? Simples, afirma Romeu: “Cabe à PMF colocar a título precário as construções irregulares, fazer valer rigorosamente o seu poder de polícia; definir um plano de uso e ocupação da faixa litorânea, em conjunto com a associação de barraqueiros, e promover um concurso de anteprojetos de arquitetura e urbanismo para o estabelecimento adequado de parâmetros de desenho para os equipamentos”.
Também ex-presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-CE), ele sugere que a entidade bem que poderia ajudar na tarefa, assim como aconteceu no episódio Beira Mar, quando também houve questionamentos quanto à ocupação. “Sem disciplinamento e racionalidade não haverá futuro para a praia.” Não mesmo.
Fonte: Coluna Vertical/ Jocelio Leal
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