Romeu Duarte, Conselheiro Vitalício do IAB- CE e Ex-Presidente da entidade Nacional, escreve em sua coluna semanal, no Jornal O POVO.
A Dilson Pinheiro
Desigual
por natureza, desde sempre Fortaleza assistiu de camarote a essa sua
(imorredoura?) característica plasmar seu Carnaval. Justo em meados do
século XIX, quando a pagodeira por aqui começou com o lusitano nome de
Entrudo, João Nogueira já reclamava do mau gosto e da bagunça que os
foliões de então faziam com um mela-mela à base de bexigas d’água, cera
de sapato e farinha de trigo. De um lado, o canelau travestido em
papangus, com seus trajes em xadrez, assustando a garotada na rua. De
outro, os bem de vida em suas sociedades carnavalescas, nos bailes
fechados dos clubes Iracema e União Cearense. No corso, a elite se
espremia no miolo da via e a arraia miúda arrasava nas coxias. Brigas,
estas só quando os remediados topavam os ricos.
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