Endereço: Av. Carapinima, 2425 - Benfica |Cep: 60015-290 - Fortaleza - CE |Tel: (85) 3283.5454 / 88973480
Email: iabce@iabce.org.br| Site oficial do IAB-CE | Página Facebook | Perfil Facebook | Twitter

segunda-feira, 2 de março de 2015

Falta de padrões para residências torna mais difícil estudo de conforto térmico em casas, diz Richard de Dear



Um dos maiores especialistas em conforto térmico no mundo, o professor australiano Richard de Dear, titular do Laboratório de Qualidade Ambiental Interna, da Universidade de Sydney, esteve na manhã desta sexta-feira, 27 de fevereiro, na sede do IAB-RJ para apresentar sua pesquisa sobre conforto térmico residencial.

O estudo, feito na Austrália, em parceria com a brasileira Christina Cândido, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e Thomas Parkinson, é um dos poucos sobre o tema, que não costuma ser alvo de muitos estudos, se comparado com ambientes comerciais. Especialmente por conta das dificuldades logísticas para fazer esse tipo de pesquisa dentro da casa das pessoas.

"Num ambiente comercial, você só precisa de uma autorização para ir até lá e fazer a pesquisa. Em residências, as pessoas estão espalhadas pelo território, é preciso bater de porta em porta, e tudo isso leva tempo e custa dinheiro", explicou Dear. "Também não há padrões específicos como em ambientes comerciais, o que torna o estudo mais complexo".

Por isso, a metodologia desenvolvida pelo professor inclui uma pesquisa feita através de smartphones, com questionários simples que o morador pode responder em poucos minutos. Além disso, são usados os "iButtons", um gadget bem simples e pequeno, do tamanho de um botão, que pode ser colocado em diversos ambientes da casa para coletar informações sobre temperatura e umidade.

A pesquisa ainda está em andamento, e agora o professor viaja pelos BRICS para divulgar seus estudos e tentar ampliar para outros países. Já esteve na Índia, no Brasil, onde também fez apresentações em São Paulo e Florianópolis, e em breve vai para a China.

"Algumas estatísticas australianas mostram o tamanho do problema em meu país: a emissão de CO2 aumentou 40% nos últimos 20 anos e na região de New South Wales, que inclui Sydney, mais de 60% das casas tem pelo menos um ar condicionado. Pelo que já conversei com algumas pessoas no Brasil, aqui a curva de uso do aparelho está apenas começando a crescer. Mas, uma vez que esse processo começa, ele não tem volta", afirma Dear.
 
 
Fonte: http://iab.org.br/noticias/falta-de-padroes-para-residencias-torna-mais-dificil-estudo-de-conforto-termico-em-casas

Nenhum comentário:

Postar um comentário