Iniciadas em agosto do ano passado, as obras de reforma no Centro de Pequenos Negócios, conhecido como Beco da Poeira, estão atrasadas. O novo prazo é para o próximo mês, segundo a Regional do Centro. Com a intenção de incluir o local no roteiro turístico da Capital, a Prefeitura investiu R$ 1,3 milhão na recuperação. No entanto, comerciantes reclamam que a principal demanda não foi atendida: o prédio continua sem estacionamento.
A reforma, anunciada em agosto de 2014 pelo prefeito Roberto Cláudio (Pros), inclui pintura, manutenção elétrica e hidráulica, instalação de câmeras de segurança, construção de banheiros e colocação de placas de sinalização. Segundo a Prefeitura, as obras estão 90% concluídas.
O Beco da Poeira abriga cerca de 2.100 boxes, de acordo com a Regional. Durante a visita do O POVO ao local, na última quarta-feira, 24, operários pintavam a área externa e a armação de sustentação do telhado. No primeiro andar, os trabalhadores revestiam e pintavam paredes.
Estacionamento
Segundo comerciantes, as obras “ajudam, mas não são as ideais”. De acordo com a vendedora Socorro Leite, atrair turistas contribui com a renda, mas “o principal comércio no beco é a venda em atacado”. Para ela, “seria melhor ter um estacionamento para ônibus de vendedores que vêm de outras cidades”. A demanda foi unanimidade entre os comerciantes ouvidos pelo O POVO.
Em entrevista, o secretário da Regional do Centro, Ricardo Pereira Sales, disse que a Prefeitura tem a intenção de procurar um espaço no entorno para utilizar como estacionamento, mas “nada foi formalizado até o momento”. Ainda segundo o secretário, o atraso da obra, que já soma quatro meses, foi resultado de uma redução do ritmo por parte da construtora, “mas o andamento das atividades já voltou ao normal”.
Área de antigo Beco da Poeira é usada como estacionamento
Desocupado desde 2010, o espaço onde funcionou o antigo Beco da Poeira continua sendo usado como estacionamento. Os tapumes de madeira, que isolaram o local após a desocupação, passaram a ser utilizados para demarcar a área dos carros. No entorno, o lixo se acumula, causando mal cheiro, e o mato cresce sobre o espaço anteriormente ocupado pelo centro comercial.
De acordo com comerciantes da região, que preferiram não se identificar, é comum criminosos usarem o estacionamento como refúgio após crimes na área. Eles afirmam que a situação piora à noite e nas primeiras horas da manhã. Quando O POVO esteve no local, um policial fazia a segurança da área no cruzamento das ruas 24 de Maio e Guilherme Rocha.
Segundo o secretário da Regional do Centro, Ricardo Pereira Sales, a Prefeitura não tem um projeto definido para a área. Ele disse que a Câmara Municipal tem a intenção de utilizar o lugar como anexo da Casa. Ainda de acordo com o secretário, “nos próximos dias, o estacionamento irregular que funciona no espaço será fechado”.
Fonte: O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário