Endereço: Av. Carapinima, 2425 - Benfica |Cep: 60015-290 - Fortaleza - CE |Tel: (85) 3283.5454 / 88973480
Email: iabce@iabce.org.br| Site oficial do IAB-CE | Página Facebook | Perfil Facebook | Twitter

domingo, 31 de janeiro de 2010

XIX Congresso/ Temática 2 - O ARQUITETO

Em relação aos arquitetos, propõe-se o debate acerca de:

2A Novos saberes arquitetônicos: produção, transmissão e aplicação

O avanço das tecnologias digitais, da expansão das redes de informação, da criação de novos materiais, das tecnologias energéticas inovadoras e das novas posturas profissionais tem impactos profundos sobre a formação em arquitetura. Esta sessão busca refletir e avaliar experiências e propostas de ensino para a formação dos futuros arquitetos que possa fazer face à esses novos desafios. Serão bemvindas experiências de ensino relacionadas à: experiências de ateliers integrados com pesquisa, novas estratégias de conhecimento, rompendo limites disciplinares; a contribuição de processos digitais a concepção do projeto; práticas de educação com capacitação na competência, a formação guiada pelo aprendizado profissional em estágios e experiências práticas profissionalizantes; inovações trazidas pelas novas experiências transdisciplinares e didáticas de projeto, os modos de transmissão de conhecimento no campo das artes, da teoria, e história da arquitetura; o impacto das experiências internacionais de intercambio no ensino da arquitetura, o compartilhamento de conhecimentos no encontro, na socialização e na compreensão de diferenças culturais.

2B Os arquitetos nas equipes multidisciplinares

O mercado de trabalho atual não contempla mais o modelo do arquiteto “gênio criador e solitário no atelier”. Para atuar neste novo contexto, o arquiteto se vê obrigado a desenvolver, após sua graduação, as capacidades e habilidades necessárias ao trabalho em equipes multidisciplinares. Hoje são crescentes as demandas da sociedade por profissionais capazes de atuar em grupos multidisciplinares, com conhecimentos que transcendam a sua formação profissional específica, e com capacidade de gestão e atuação em equipe, e que possuam habilidades como liderança e comunicação, para as quais nem sempre foram treinados. Cresce também o arsenal de informações e recursos tecnológicos, que, cada vez mais sofisticados, abrem novos horizontes e territórios de atuação. A proposta dessa sessão é debater, a partir das práxis acadêmicas e profissionais, as formas de inserção e de atuação do arquiteto neste mercado de trabalho ampliado, no qual enfrenta o grande desafio de reafirmar as capacidades de planejamento e projeto, de forma a assumir postos de coordenação e de liderança em processos de gestão cada vez mais complexos. Esta sessão deverá também esclarecer as diferenças entre multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, e, dentro delas, o papel das disciplinas arquitetônica e urbanística.

2C Da arte de construir à inteligência arquitetônica

A tríade vitruviana (venustas, utilitas e firmitas) pressupunha que a arquitetura deveria obedecer aos padrões de “bom gosto” e às regras da simetria, bem como apresentar uma distribuição correta dos cômodos, um uso adequado dos materiais e uma firme implantação no solo. Embora tenham sido abalados a partir das primeiras décadas do século XX pelo modernismo, esses pilares da disciplina arquitetônica se mantiveram em pé e continuam a orientar o ensino, a prática e a avaliação crítica da arquitetura. Nas últimas décadas, entretanto, parecem surgir indícios de uma revisão teórica alimentada por inéditas transformações urbanas e tecnológicas. A cidade, que sempre fora caracterizada pela estabilidade de estruturas fisicamente construídas, passou a ser configurada pela imaterialidade e fugacidade dos conteúdos difundidos pelos meios de comunicação de massa. Em vez de espacialidades demarcadas por elementos edificados, instalou-se um espaço virtual que é definido pelas condições de transmissão e recepção de dados. Nesse contexto, não surpreende que a autonomia disciplinar esteja em crise nem que as próprias edificações venham sendo cada vez mais definidas por estratégias que costumam desconsiderar cânones formais, funcionais e construtivos. É possível a emergência de um novo campo transdisciplinar fundado na análise, na organização e na produção de significados espaciais independentemente da edificação? Se a experiência espácio-temporal é hoje configurada muito mais pelos efeitos das tecnologias da informação do que pelas estruturas materialmente estabelecidas, deveria a arquitetura deixar de ser compreendida como a “arte de construir” para se converter em “inteligência arquitetônica aplicada”? Estaria a arquitetura em um caminho para ser um conhecimento relacionado à capacidade de analisar, organizar e produzir significados espaciais independentemente da edificação?

2D Do ateliê à empresa

Os requerimentos da vida contemporânea levaram os escritórios que em sua maioria se configuravam ateliês a se tornarem empresas adaptadas ao mercado e aos regimes da produção econômica. A capacidade para formar grupos de trabalho e atitudes empreendedoras são habilidades exigidas hoje no exercício da arquitetura e do urbanismo. Ambientes de trabalho virtuais e redes de cooperação estão entre as mais recentes formas de produção da arquitetura, acompanhando o processo atual de desempenho das atividades contemporâneas. Frente à regulação da profissão do arquiteto e urbanista, com a sua incorporação ao mercado formal de trabalho, assistimos hoje à necessidade imperiosa de fornecer respostas eficientes e eficazes às encomendas que já não são apenas “sonhos e necessidades”, mas demandas por produtos cada vez mais complexos. O que sobrou daqueles ateliês de produção da arquitetura, onde aprendizes e mestres a colocavam, em primeiro lugar, na condição de construção do conhecimento, antes mesmo do produto ser encomendado? Será que deixou de ser ou se tornou um diferencial frente às empresas de consultoria dotadas de certificações de qualidade de processos? É possível ainda defender a condição de profissional generalista, em clara contradição com a tendência percebida na maioria das profissões? Como lidar com a dose de marketing lançada nos projetos quando são levados ao público?

Fonte: IAB/ DN/ IAB/PE/ IAB/MG

Nenhum comentário:

Postar um comentário