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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Leitor opina sobre estaleiro no Mucuripe

Na edição de hoje do jornal O Povo, o leitor Marten Van Sluys contribui com o debate acerca da instalação do estaleiro na Praia do Titazinho


Opinião
Estaleiro na Praia do Titanzinho

É fato que faltam muitos dados básicos para poder avaliar um empreendimento deste porte na Praia do Titanzinho. Não devemos esquecer que, baseado na experiência dos últimos 50 anos no Brasil, houve vários ciclos desta atividade - de construção naval - todos com tempo relativamente curto.

Com isto queremos dizer que uma indústria que pretende se erguer com uma carteira de apenas oito navios também corre o risco de ser cíclica! Além de um outro aspecto que sequer foi levantado: o Brasil ainda não possui uma tecnologia própria para construir navios "gaseiros". Para adaptar a mão-de-obra tradicional de construção naval vai requerer toda uma nova técnica. Obviamente tudo isso pode ser realizado através de importação cara desta tecnologia, dos poucos estaleiros no mundo qualificados.

Como bem acentuou um comentário desta semana no O Povo, como vai sair deste tremendo "gargalo logístico" na região de Mucuripe?

Nada sei oficialmente de prazos e entregas, mas com base no croquis apresentado no jornal envolvendo 700 m "de quebra mar " e cerca de 500m de cais encostáveis junto com o próprio estaleiro em área do tipo "aterro", uma estimativa - "por baixo" e com experiência de obras desta envergadura seria no mínimo, um período de aproximadamente dois anos, somente para esta etapa de infraestrutura. Adicionando um período de capacitação/importação de pessoal qualificado, requer mais de um ano no mínimo. Assim faltam ainda a parte da engenharia civil para cais, atracadores, dique seco, edifícios e oficinas, bem como a instalação de guindastes e maquinaria pesada e suas fundações específicas! Dragagem também será necessária e desta forma um primeiro navio somente podia ser entregue em meados de 2016 e o último duma série de oito, até 2020. E pela programação oficial, será que este "cronograma" é aceitável?

MARTEN VAN SLUYS

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