Fabiano Sobreira defende política pela qualidade da arquitetura pública

Os números são o bastante para revelar a disparidade entre Brasil e Europa no que diz respeito à prática do concurso de projetos de arquitetura. Enquanto aqui foram realizados 13 concursos em 2008, na França, no ano passado, houve 1,2 mil. Os dados foram apresentados ontem, 19, pelo arquiteto Fabiano Sobreira, do IAB-DF. Ele defende que o Brasil regulamente a realização de concursos por lei, criando uma política pública pela qualidade da arquitetura pública. Para ele, essa prática também criaria mercado para os arquitetos e valorizaria a profissão. “Temos que convencer o Poder Público.”

Na França, segundo Fabiano, o concurso de projetos de arquitetura é obrigatório por lei desde a década de 1970. A qualidade da arquitetura pública francesa, conforme ele, é reconhecida internacionalmente – enquanto que no Brasil, por não haver legislação, tal qualidade é questionável. Segundo ele, para as obras das Olimpíadas de 2016 e da Copa 2014, não foi realizado nenhum concurso de projetos de arquitetura.

Na foto, Fabiano Sobreira (à direita) ao lado do presidente do IAB-CE, Odilo Almeida.