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terça-feira, 30 de março de 2010

Pritzker 2010: Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa


A dupla Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, do escritório japonês SANAA, foi anunciada vencedora do Pritzker 2010. A cerimônia oficial de premiação ocorrerá no dia 17 de maio, em Nova Iorque. Veja abaixo trechos dos comentários do júri:

” Os edifícios de Sejima e Nishizawa parecem realmente simples. Os arquitetos têm uma visão das edificações como um todo, onde a presença física recua e forma uma espécie de ‘pano de fundo’ para pessoas, objetos, atividades e paisagens. Eles exploram como poucos as propriedades fenomenais do espaço contícuo, da luz, da transparência e da materialidade, com o objetivo de criar uma síntese sutil. A arquitetura de Sejima e Nishizawa (…) buscam a qualidade essencial da arquitetura, que resulta em uma desejada objetividade, economia de meios e contenção.

Essa economia de meios, no entanto, não se torna uma simples operação de redução, nas mãos desses arquitetos. Ao contrário, trata-se de uma rigorosa e intensa de investigação, ancorada em trabalho e determinação. É um processo de refinamento contínuo, em que o programa de cada cliente é investigado profundamente e em que múltiplas possibilidades de projetos são exploradas, por meio de numerosos desenhos e modelos, que são analisados. As ideias são consideradas e descartadas, reconsideradas e retrabalhadas, até que restem apenas as qualidades essenciais do desenho. O resultado é a união de estrutura e organização, lógica e beleza.


(…) Eles utilizam materiais comuns e ao mesmo tempo se mantêm atualizados em relação às possibilidades da tecnologia contemporânea; a compreensão do espaço, para esses arquitetos, não reproduz modelos convencionais. Eles optam, com frequência, por espaços não hierarquizados – ‘equivalência de espaços’, nas palavras dos próprios arquitetos – criando edifícios despretensiosos e democráticos, de acordo com o contexto e com o orçamento, em cada caso. (…) [um exemplo] é o Rolex Learning Centre, em Lausanne [Suiça], um espaço a ser utilizado por estudantes à noite e durante todo o dia. Originalmente concebido como um edifício de pavimentos, durante o desenvolvimento do projeto, tornou-se um espaço simples, vasto e fluido. Os diversos espaços da edificação (biblioteca, restaurante, áreas de exposição, escritórios, etc) são diferenciados não por paredes, mas por ondulações em um piso contínuo, que sobe e desce para acomodar diferentes usos, permitindo perspectivas através dessa ‘paisagem de pessoas’.

A relação do edifício com o seu contexto é de grande importância para Sejima e Nishizawa. Eles definem os edifícios públicos como ‘montanhas na paisagem’, acreditando que nunca se deve perder a conexão natural e repleta de significados do edifício com o entorno.
(…) Por se tratar de uma arquitetura que é simultaneamente delicada e poderosa, precisa e fluida, (…) pela criação de edifícios que interajem com o contexto e com as atividades que contêm, criando um senso de preenchimento e riqueza de experiências; por uma linguagem arquitetônica singular, que surge a partir de um processo colaborativo que é ao mesmo tempo único e inspirado; pelas edificações notáveis, já concluídas, e pela promessa de projetos futuros, Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa são os detentores do Prêmio de Arquitetura – Pritzker 2010.”
Fonte: Portal Concursos de Projeto http://concursosdeprojeto Imagem de Kazuyo Sejima/ Grupo SANAA

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