A falta de clareza das diretrizes e de regulamentação do Plano Diretor reflete no cotidiano de Fortaleza. Não são poucas nem recentes as denúncias, reclamações, alertas, opiniões e pautas de inúmeras matérias sobre o despreparo de Fortaleza no enfrentamento dos problemas e desafios comuns à cidades que cresceram desordenada e rapidamente nas últimas décadas. Um verdadeiro caos diário que passa pelo trânsito, transporte, saúde, educação, falta de estrutura urbana, ausência de espaços de lazer e descontinuidade de obras.
Mas o que gera esse verdadeiro rosário de conflitos socioambientais que refletem diretamente na cidade, modificando o cotidiano das pessoas, prejudicando e alterando a qualidade de vida de todos os seus habitantes? A ausência de um órgão específico de planejamento estratégico potencializa os problemas, apontam urbanistas, economistas, historiadores, administradores, ambientalistas e a população em geral.
Na visão da diretora de Política Urbana do Instituto de Arquitetos do Brasil no Ceará (IAB-CE), Regina Costa e Silva, muito do desordenamento no qual a cidade está imersa se deve à carência de um órgão que trace e coordene ações. "Até 1999, a cidade contava com o Instituto de Planejamento do Município (Iplam), equivocadamente extinto". Hoje, a Secretaria Municipal de Planejamento e Orçamento (Sepla). "É um órgão executivo, e a Capital cearense clama por políticas e ações de planejamento urbano efetivas e a longo prazo", reafirma Regina, lembrando que até já houve debates na Câmara Municipal pela reestruturação do Iplam que não foram adiante.
Fonte: Caderno Negócios/ Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário