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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Uma Cidade em obras para o futuro

Larissa Lima, O Povo - 08nov2010

Fortaleza está em obras. Mas não está parada: o fluxo de pedestres e veículos continua a se deslocar pela cidade, enfrentando desvios e engarrafamentos cada vez mais frequentes. Hoje, pelo menos 33 obras interferem diretamente no trânsito da Cidade. Das 260 linhas de ônibus, 114 circulam com itinerários alternativos por conta das interdições temporárias, 43% do total. E os órgãos municipais já alertam: os próximos dois anos devem multiplicar ainda mais os canteiros, com os investimentos para a Copa do Mundo de 2014.

As vias são modificadas para projetos de mobilidade, drenagem da água da chuva, construção de redes coletoras de esgoto, expansão das linhas de fibra ótica e de distribuição de gás natural e construção de túneis em cruzamentos movimentados. A Cidade precisa deles. Antes de começarem a mexer com as ruas e com a vida de quem passa por elas, todos precisam passar pela aprovação do Conselho Coordenador de Obras (CCO), vinculado à Secretaria da Infraestrutura de Fortaleza (Seinf). Isso vale para todas as intervenções, sejam elas do setor público ou privado, como as de telefonia.

Mapas

O coordenador-executivo do órgão há sete anos, Manuelito Cavalcante Júnior, não lembra de outra época em que foi preciso conciliar tantas obras ao mesmo tempo. A sala do gestor tem as paredes cobertas de mapas. Eles localizam, por exemplo, as obras do macro-sistema de esgoto e do Sanear II, em execução pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e o Programa de Drenagem Urbana de Fortaleza (Drenurb), iniciado na avenida Abolição.

Quando a obra é extensa, a estratégia do CCO é fazer a liberação dos alvarás de autorização por trechos. É o caso do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), que agora começa as intervenções na avenida 13 de Maio. “Se eu liberar a obra todinha, pode, por exemplo, começar uma lá perto da Reitoria (da Universidade Federal do Ceará), outra perto da Igreja de Fátima, você perde o controle.”

O presidente da AMC, Fernando Bezerra, descreve a situação atual e a expectativa de novas obras na Cidade como um quebra-cabeças, para o qual não há solução que não complique o trânsito. “Não é questão de dizer que é porque temos poucos agentes, é porque é um volume muito grande de obras e nós somos obrigados a penalizar a população”, admite, apesar de frisar o esforço pelo transtorno mínimo e as melhorias esperadas com a conclusão dos projetos.

A AMC tem tido mais trabalho projetando desvios de obras do que fazendo novos planejamentos de trânsito. O órgão tem de orientar e aprovar para onde vão os carros, pensar em sinalização e preparação de ruas secundárias para receberem mais veículos. O projeto de transformar em vias de mão única avenidas como Santos Dumont e Dom Luís está adiado por conta das intervenções no trânsito.

As vias são modificadas para projetos de mobilidade, drenagem da água da chuva, construção de redes coletoras de esgoto, expansão das linhas de fibra ótica e de distribuição de gás natural e construção de túneis em cruzamentos movimentados. A Cidade precisa deles. Antes de começarem a mexer com as ruas e com a vida de quem passa por elas, todos precisam passar pela aprovação do Conselho Coordenador de Obras (CCO), vinculado à Secretaria da Infraestrutura de Fortaleza (Seinf). Isso vale para todas as intervenções, sejam elas do setor público ou privado, como as de telefonia

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