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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Parques urbanos são alternativa saudável


Longe do videogame, computador e televisão, nos parques as crianças encontram uma opção saudável de lazer

Julho é mês de férias, tempo para descanso, mas também de diversão. Para a criançada, uma opção saudável de lazer é um passeio pelos parques da cidade. Além de ampla área verde, eles proporcionam espaço suficiente para que os pequenos possam extravasar as energias. E, como a demanda durante este período costuma aumentar, grande parte dos equipamentos já está se preparando para receber a meninada.

O administrador do Parque Adahil Barreto, Marcos Aurélio Maia, explica que, em julho, por causa das férias, o movimento chega a aumentar até 60%. Ele conta que é o mês que mais recebem visitas escolares. Em seguida vêm os meses de maio e agosto, por causa da programação do dia dos pais e das mães.

Na última sexta-feira, quando chegamos ao parque, encontramos funcionários fazendo a limpeza. Enquanto isso, algumas pessoas faziam cooper. Mateus Albuquerque Costa, de 11 anos, uma das poucas crianças que podiam ser vistas no local, disse que gosta do espaço por causa da natureza e por ser ao ar livre. Porém, lamentou a ausência de crianças.

Com exceção dos brinquedos, que estão em situação precária, o parque está em plenas condições de receber a criançada. Segundo a administração, na próxima quarta-feira, 6, uma reunião será realizada para tratar sobre a questão. "Queremos retirar tudo e colocar novos brinquedos", explica a auxiliar administrativa, Mônica Porto.

Já o Parque Rio Branco, apesar de dispor de ampla área verde, deixa a desejar no quesito estrutura. A falta de manutenção é clara. Por todos os lados podemos ver pichações, lixo e folhas secas, sem falar no mato que toma conta de quase todo o parque. Ainda assim, o espaço é bastante frequentado por moradores das proximidades.

Uma prática muito comum na área, mesmo sendo criminosa, continua ocorrendo: o abandono de animais domésticos. Na sexta-feira flagramos uma caixa cheia de gatos recém-nascidos abandonada num canto. Sensibilizado, Rafael Laffa, de 10 anos, disse que, se pudesse, levaria todos para a sua casa.

Enquanto olhava os felinos ele contou que adora se divertir em parques. "Aqui é legal, a gente pode esquecer de tudo e ficar só brincando". Animado, ele contou que o que mais gosta de fazer nas férias é jogar futebol e conhecer pessoas novas. Seu pai, o comerciante Jairo Laffa, de 53 anos, contou que gosta de levar o filho para espaços abertos, porque é mais saudável e, além da ampla área verde, possui espaço e brinquedos para que o filho brinque à vontade.

Outra opção de lazer é o Parque Ecológico do Cocó, um dos mais procurados pelos cearenses que buscam alternativas saudáveis de lazer para desfrutar com os familiares, principalmente nas três trilhas.

CIDADANIA

Ecologistas alertam para os cuidados com impactos

Apesar de ver com bons olhos o turismo nestes espaços, especialistas revelam preocupação com possíveis impactos ambientais. De acordo com a doutora em Biologia e professora da Bacharel em Turismo e Guia de Turismo Regional pelo Centro Universitário da Bahia, Andréia Fernandes Passos, em artigo intitulado "Turismo e Meio Ambiente", a relação entre turismo e meio ambiente é indiscutível, já que o último constitui a matéria-prima da atividade turística, mas são necessários cuidados.

Para Andréia, o primeiro passo é conscientizar o visitante. "Os turistas não possuem uma ´cultura turística´ e entendem que seu tempo livre é sagrado e que por isso, têm o direito de usufruir pelo que pagaram não se sentindo responsáveis pela degradação do meio ambiente".

Um ponto questionado por ela é com relação aos impactos em relação à fauna. "Eles ainda não são bem conhecidos, mas sabe-se que existe uma alteração quanto ao número de espécies, tendo um aumento das espécies mais tolerantes à presença do homem, uma diminuição aos mais sensíveis", aponta.

Para o arquiteto José Sales, é preciso saber também a condição ambiental de cada espaço desses para que não sejam mais maltratados.

Fonte: Cidades/ Diário do Nordeste

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