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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Professor e arquiteto Romeu Duarte, Conselheiro Vitalício do IAB-CE, fala sobre o estado de abandono do Farol do Mucuripe.


Na terça-feira, a coluna abordou a situação do Farol Velho do Mucuripe – em condições precárias e sem ter quem queira tomar conta, conforme mostrou reportagem de Raphaelle Batista. A esse respeito se manifestou o arquiteto Romeu Duarte, ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Estado (Iphan-CE). Ele destacou que o equipamento, construído em meados do século XIX, foi tombado desde a década de 1980, até chegar ao estágio atual de abandono. “Adiantará de alguma coisa apenas sua restauração física?”, indagou o arquiteto, que destacou a complexidade da questão. “A marcha da preservação do patrimônio cultural, com sua ampliação de fronteiras, tem mostrado que as intervenções de restauro e conservação, em todo o mundo, notadamente aquelas relacionadas ao patrimônio edificado, só são exitosas quando associadas a ações que contribuam para a elevação do nível de qualidade de vida das populações/comunidades identificadas com os bens preservados. De nada servirá somente recuperar fisicamente o Farol, mesmo adaptando-o a um uso cultural. O edifício está erguido em meio ao Serviluz, hoje um gueto com evidentes carências sociais e marcado pela exclusão em todos os seus pontos, exibindo também uma bela faixa de litoral, palco para a prática de vela e surf por parte dos mais destacados praticantes mundiais desses esportes, alguns deles nascidos e criados lá mesmo, tais como Tita Tavares e Fabinho Silva”.
Romeu considera que a restauração do farol deve ser o mote para requalificar todo o Serviluz, com melhores condições de uso e mais e melhores equipamentos urbanos. E destaca a importância de a população local se apropriar do monumento como algo que também é deles e, assim, responsabilizar-se por sua manutenção, obviamente em parceria com o poder público. O arquiteto ressalta que tal interação entre comunidade e governos trará benefícios não só aos moradores, mas facilitará a visitação e o usufruto também pelos turistas.

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