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terça-feira, 9 de junho de 2015

Ainda embrionária, verticalização avança em Fortaleza

Dos 119 bairros de Fortaleza, apenas Aldeota, Meireles e Centro são exemplos onde a verticalização foi consolidada. Setor imobiliário aponta Patriolino Ribeiro e Cocó como alguns dos próximos a passar pelo processo

A elevação de prédios em Fortaleza ainda está em fase embrionária. Dos 119 bairros que compõem a Capital, apenas Aldeota, Meireles e parte do Centro podem ser considerados exemplos consolidados da verticalização, conforme a Prefeitura. No entanto, outros bairros já têm se inserido na disputa pelos empreendimentos verticais, o que gera a discussão: a Cidade pode comportar esse crescimento?

A resposta é positiva, segundo a titular da Secretaria do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Águeda Muniz. Para ela, a verticalização não deve ser pensada unicamente como construção de prédios, mas, como reestruturação urb
anística. “A verticalização tem de ser mista, com residências, comércio e serviço. E a nossa é muito baixa. A periferia é praticamente horizontal”, afirma.

O arquiteto e urbanista Fernando Lara defende, entretanto, que sejam estabelecidos critérios, como a limitação da altura das edificações, para que o adensamento gerado pela verticalização não deteriore a paisagem urbanística.


De acordo com Lara, a partir do oitavo andar, o frequentador do espaço perde a ligação com a rua. Um valor “perverso” que, para ele, tem sido imposto pelo mercado, é de que, quanto mais longe da rua - ou quanto mais alto estiver -, mais caro é o metro quadrado. “É a mais-valia”, define.

O arquiteto e coordenador do Laboratório de Crítica em Arquitetura, Urbanismo e Urbanização (LoCAU), Ricardo Paiva, diz que a verticalização “ocorre com condomínios fechados, o que dificulta uma relação mais amistosa entre o espaço público e o privado em função da extensão e altura dos muros”.

Já Águeda Muniz defende que, mesmo edificações mais baixas, de até seis andares, podem ser prejudiciais se tiverem muros elevados. “Um edifício de 23, 24 andares, que é o máximo permitido na Cidade, exceto no Centro, se ele tiver uma integração com a rua, ele cumpre o seu papel de integração com a cidade”.

Tendência
O setor imobiliário tem apostado em quatro bairros e áreas da Região Metropolitana de Fortaleza como tendências no mercado. Conforme dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon), de janeiro a março deste ano, 1.057 unidades em empreendimentos verticais foram lançadas em Fortaleza, nos bairros Patriolino Ribeiro (antigo Guararapes), Cocó, Meireles, Parque Dois Irmãos, e no município de Caucaia.

Alex Winter, corretor de imóveis, destaca que a verticalização em bairros mais afastados se deve à falta de terreno em zonas mais “saturadas”. Para o presidente do Sinduscon, André Montenegro, a verticalização é a alternativa mais rentável para a viabilização de novos empreendimentos. “Quando você verticaliza, adensa mais e não precisa espalhar a cidade. Quanto mais espalhada a cidade fica, mais cara a manutenção”, pondera.

Fonte:OPovo

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