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terça-feira, 16 de junho de 2015

Asfalto em ruas da Sapiranga divide a opinião de moradores


As ruas Marcelo Reis e Paulo Marcelo, na Sapiranga, funcionavam com calçamento até cerca de quinze dias atrás, quando passaram a receber cobertura asfáltica. Concluído na última sexta-feira, o serviço divide opiniões. Parte dos moradores comemoraram o asfaltamento por melhorar o tráfego na região, enquanto outros se preocupam com os impactos ambientais que o trabalho pode trazer à Reserva Ecológica da Sapiranga, localizada a poucos metros das vias.
“Eu não conto as vezes que tive problemas no meu carro por conta desse calçamento”, comenta Maria Luiza Aguiar, 63. Para ela, o asfalto pode facilitar o acesso dos moradores, que, em período de chuva, sofriam com buracos.

Segundo o promotor de justiça José Raimundo Pinheiro, 53, o asfaltamento era reivindicação antiga dos vizinhos. “Até tentamos fundar uma associação de moradores para pedir melhorias, mas nunca obtivemos sucesso. Agora, com atraso, o serviço começou”, opina.
 
Excesso de velocidade
Até a última sexta-feira de manhã, toda a extensão da rua Marcelo Reis já havia recebido asfalto. Na rua Paulo Marcelo, o trabalho já estava praticamente concluído. A publicitária Leile Peres, 48, lamenta o trabalho por causa do excesso de velocidade dos motoristas e área residencial.

Outra preocupação da moradora é com os animais que transitam pelo espaço, como raposas, iguanas e saguis. “Eles podem ser atropelados”, alerta. Como não há galerias de drenagem na região, ela também tem medo de haver alagamentos.

Os moradores chegaram a questionar a legalidade da obra a órgãos da Prefeitura de Fortaleza, mas não obtiveram retorno. A proximidade com a Reserva Ecológica da Sapiranga era uma das preocupações, já que poderia trazer impactos ao local.

Oriel Herrera Bonilla, professor do Departamento de Biologia da Universidade Estadual do Ceará (Uece), desenvolve pesquisas na área há 16 anos. Ele diz que os impactos ocorrem na região desde que a Zona de Amortecimento (onde estão as edificações) começou a ser ocupada por casas.

“Quanto menos intervenção naquela área, melhor. Lógico que o asfalto traz prejuízos para área”, afirma. Um dos problemas é a impermeabilização do solo, que atrapalha a recarga dos reservatórios subterrâneos.

A Secretaria Regional IV informou, por email, que o serviço ocorre com aval da equipe técnica da Prefeitura e não há nenhuma irregularidade na obra. De acordo com o órgão, a obra de pavimentação ocorre após pedidos dos moradores e abrangerá apenas as duas ruas.

Fonte: O Povo

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