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segunda-feira, 29 de junho de 2015

O Centro pede socorro

O Centro é o bairro mais antigo de Fortaleza, onde a cidade surgiu e se firmou como grande polo cultural e comercial. Ao longo dos anos, vem se firmando como o local de maior fluxo de comércio e serviços do Estado, representando a terceira maior arrecadação de ICM do Estado, por onde circulam 350 mil pessoas diariamente, que sua vez alberga 7.800 empresas em funcionamento. Contudo, carece urgente da atenção dos órgãos governamentais, na área da segurança pública, no ordenamento dos ambulantes, na desocupação dos passeios e dos “moradores” da Praça do Ferreira.

Na Praça do famoso boticário, está situada no coração da 5ª maior capital do País. Nas primeiras horas exala um desconcertante odor emanado de excrementos humanos deixados por ocupantes que indevidamente ali dormem e se alimentam. Como o logradouro não dispõe de banheiros públicos, os dejetos são “deixados” nas portas das lojas. Em torno de 115 pessoas ocupam a Praça.

Nos calçadões das ruas Guilherme Rocha e Liberato Barroso, onde estão as maiores e melhores lojas do mercado nacional, os ambulantes tomaram conta, dificultando o direito de ir e vir dos transeuntes. Implantaram uma organização na desorganização. Vendem sem precisar pagar impostos, assumir obrigações trabalhistas e aluguéis; não precisam dar garantia do que vendem; não estão nem aí para Decon, Procon, poder judiciário, Sefaz, Receita Federal, Ministério Público.

Muitos dos que ali negociam fazem parte de uma cadeia produtiva cuja origem é duvidosa; alguns têm fortunas, escondidas nos porões da informalidade. Em números oficiais, estão cadastrados 1.471 ambulantes; contudo, na ilegalidade, operam mais de três mil.

Nas ruas Barão do Rio Branco, Major Facundo e Senador Pompeu, as pessoas andam no asfalto, disputando o espaço com os automóveis, pois as bancas ocupam todas as calçadas. No Centro moram 28.538 pessoas, trabalham 68.500, o que representa 17% das carteiras de trabalho assinadas no Estado.

Na praça José de Alencar, os feirantes armaram quitandas estruturadas em ferro. Relatos dão conta de que traficantes de drogas ali fazem comércio, pessoas outras cozinham em fogão a carvão. Na Guilherme Rocha, próximo à Praça do Ferreira, aos sábados, vendedores de vestidos fazem do calçadão o seu provador de roupas. Nos dias de feira, na José Avelino, o trânsito na Costa Barros e arredores fica desordenado.

O prejuízo para os órgãos arrecadadores e lojistas é patente; é preciso vontade política e bom senso para organizar o Centro da Fortaleza amada.
 Fonte: O Povo

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