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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Centro Histórico de Salvador pode entrar na lista de patrimônio em risco




A demolição de 31 casarões tombados, na gestão do prefeito ACM Neto (DEM), em maio, acendeu o sinal de alerta das entidades de arquitetura e urbanismo da Bahia. Através de documento enviado para a Unesco, no dia 7 de julho, o Departamento Bahia do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-BA), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU/BA) e o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Estado da Bahia (Sinarq) pedem o envio imediato do Comitê de Patrimônio para monitorar e avaliar a situação de descaso do Centro Histórico de Salvador, que está inscrito como Patrimônio da Humanidade desde 1985.

Clique aqui para ler o documento enviado para a Unesco

Para os arquitetos, o patrimônio colonial de Salvador, considerado o maior e mais importante da América Latina, passa por uma situação dramática. Eles relatam que a expansão do mercado imobiliário na área da borda do Centro Histórico coloca em risco a memória arquitetônica da região e pode descaracterizar a vida urbana daquela antiga área com o estabelecimento de novas ocupações.

A presidente do IAB-BA, Solange Araújo, denuncia que o descaso com o Centro Histórico não é algo recente. Na década de 1990, o Estado da Bahia promoveu uma transformação radical no local para transformá-lo num shopping center a céu aberto. As medidas que expulsaram de lá cerca de 2 mil famílias. Além disso, a Prefeitura de Salvador planeja retirar sua sede do Centro Histórico, o que acarretará uma depreciação ainda maior da região.

“A situação é grave. Salvador corre ainda o risco de entrar na lista de patrimônios em risco. Nosso objetivo, ao acionar a Unesco, é que o Comitê de Patrimônio faça uma avaliação e monitore a situação do Centro Histórico para que haja uma reação positiva das autoridades para a preservação da primeira capital do país”, afirmou Solange Araújo.

O descaso com o Centro Histórico de Salvador tem revoltado a população. O soteropolitano Salvatore Carrozzo considera tenebrosa a atual situação de Salvador, sobretudo com a recente demolição dos casarões tombados. “Isso precisa ser investigado e os culpados punidos. A sociedade está vigilante e espera notícias”, cobrou.

Solange Araújo vai também incluir o tema da deterioração do Centro Histórico de Salvador na pauta da 148ª Reunião do Conselho Superior do IAB, que será realizada em São Paulo, de 30 de julho a 1º de agosto, com a participação de arquitetos e urbanistas de todo o país.

Fonte: IAB Brasil

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