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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Obras da Linha Leste do metrô estão paradas e sem previsão de retorno


Paralisadas, com estruturas enferrujadas e entulhos acumulados. Essa é a atual situação das obras de construção da Linha Leste do Metrô de Fortaleza (Metrofor). E de acordo com a Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), não há previsão para a retomada dos trabalhados. As linhas Sul e Oeste também têm obras inacabadas. A paralisação de vigilantes semana passada e a renúncia do secretário das Cidades, Ivo Gomes (Pros), responsável por administrar o Metrofor, chamam a atenção para a situação dos equipamentos.
 Em novembro do ano passado, a Seinfra havia anunciado que a operação da tuneladora — o famoso “tatuzão” — para construção da Linha Leste começaria em março deste ano. Quatro meses após o prazo, o canteiro de obras de uma das estações, no Colégio Militar de Fortaleza, na avenida Santos Dumont, parece abandonado. Apesar dos tapumes impedindo a passagem e da placa indicando a obra, com entrega prevista para novembro de 2018, no local há materiais de construção desgastados e alguns pontos intocados, como paradas de ônibus e asfalto da rua que passava pelo local.
O técnico de refrigeração Rafael Braga, 27, mora na rua Costa Barros, a poucos metros da futura estação do Colégio Militar. Ele diz que o metrô “ajudaria muito” no deslocamento até o trabalho e para ir até o Centro. No entanto, afirma, sem esperança, que não planeja sua rotina contando com o meio de transporte.

Sem previsão
As obras da Linha Leste do Metrofor foram iniciadas em novembro de 2013. De acordo com nota da Seinfra, elas foram paralisadas no início deste ano “por conta da reformulação societária que está sendo articulada pelo consórcio que executa as obras”. As atividades seguem “sem previsão de reinício”.

A Linha Leste do Metrô de Fortaleza terá 13 quilômetros de extensão. Quando concluído, o equipamento deve ligar o Centro ao bairro Edson Queiroz. O projeto prevê a construção de 11 estações: Catedral, Colégio Militar, Luíza Távora, Nunes Valente, Leonardo Mota, Papicu, HGF, Cidade 2000, Bárbara de Alencar, CEC e Edson Queiroz.

A estação Tirol, já existente, fará a integração com a linha Oeste e a Leste, e a Chico da Silva (também já implantada) fará a integração com a Linha Sul. A previsão é de que a Linha Leste atenda 400 mil usuários por dia quando integrado com os demais modais de transporte, em viagens com percurso de 17 minutos.

Saiba mais

Funcionários do Metrô abandonaram as atividades na última quinta-feira, 16. A paralisação foi em protesto contra o atraso do pagamento. A categoria afirmava que os salários dos últimos quatro meses estavam atrasados.
 
No fim da tarde daquele dia, o Governo do Estado e os funcionários entraram em um acordo. No mesmo dia, o deputado estadual Ivo Gomes (Pros) deixou a Secretaria das Cidades. O caçula dos Ferreira Gomes disse que deixava o cargo por falta de repasses.
 
Desde abril, o pagamento dos funcionários do Metrofor era de responsabilidade da secretaria comandada por Ivo Gomes. Em nota, o ex-secretário disse que deixava o cargo como última tentativa de garantir o pagamento dos salários.

Linhas que já operam ainda têm obras inacabadas

Apesar de já estarem funcionando, as linhas Sul e Oeste do Metrô de Fortaleza também têm obras inacabadas. O número de estações da Linha Sul, por exemplo, foi ampliado com um pacote de melhorias para a Copa do Mundo de 2014. As estações Padre Cícero e Juscelino Kubitschek, no entanto, ainda não funcionam.

Segundo a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), essas estações estão 65,77% concluídas. A Juscelino Kubitschek é a que está mais avançada — prevista para ser entregue este ano. A Padre Cícero tem conclusão prevista para fevereiro de 2016, quando deveria ter sido entregue em dezembro do ano passado.

De acordo com o vendedor de carros Valdir Dimas, 58, a proposta de melhoria na mobilidade para as pessoas que moram próximo à Estação Padre Cícero virou sinônimo de transtorno. As obras dividiram a região. Segundo ele, o acesso é difícil para pedestre. “Quem quiser ir da avenida José Bastos à avenida João Pessoa precisa se deslocar até o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) ou passa por baixo do viaduto da rua Padre Cícero”.

O projeto total da Linha Sul do metrô, incluindo obras e implantação dos sistemas fixos, tem orçamento total de R$ 2,08 bilhões. Desse valor, encontra-se executado R$ 1,811 bilhão. Os números são da Metrofor. Já a Linha Oeste do metrô passa por reformulação, que aproveita a estrutura ferroviária que já existia. Há um projeto de duplicação e eletrificação da linha, incluindo a aquisição de novos trens. A execução desse projeto, que custará R$ 1,720 bilhão, ainda não foi iniciado, segundo a companhia estadual. 
Fonte: O Povo

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