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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Projeto do jornal O Povo põe em evidência o "coração" de Fortaleza


A Fortaleza que pulsa entre a Praça do Ferreira e o Mercado Central ganha, a partir de hoje, ainda mais destaque nas páginas impressas, na rádio, na TV e na web. O projeto O POVO é o Centro dá início à cobertura especial que se estende a todas as mídias do Grupo de Comunicação O POVO. Espaço de vivência, de comércio, de cultura, de religião e de outras tantas possibilidades, o “coração” da capital cearense passa a ser revisitado por diferentes abordagens  jornalísticas.

“Queremos provocar, levantar quais as melhores alternativas para o Centro da Cidade. No momento em que a gente provoca, a gente ajuda a fazer a reflexão sobre quais os melhores caminhos. E, a partir dessas reflexões, surgem alternativas de solução para os problemas que foram levantados”, explica João Dummar Neto, vice-presidente do Grupo de Comunicação O POVO.

Segundo ele, a discussão só fará sentido se todos os segmentos da sociedade participarem. “Não é um debate para um grupo específico, de políticos ou empresários. É uma reflexão para a sociedade, para o comerciante, o comerciário, as pessoas que habitam o Centro, as pessoas que vivem o Centro, a sociedade que vai ao Centro”.

A consequência desses debates serão propostas sustentáveis para o bairro mais importante de Fortaleza. “O Grupo O POVO quer contribuir com esse novo cenário para o Centro de Fortaleza. É o papel da comunicação como agente de contribuição, como a gente pode transformar o Centro por meio da nossa capacidade de comunicar”.

Selma Santiago, diretora do Theatro José de Alencar, critica a falta do “uso democrático” do espaço público, hoje tomado pelos vendedores ambulantes, mas defende a beleza de viver na região. “O Centro é riquíssimo e está vivo demais. Só é preciso maior ordenamento”. Para ela, “é importante evidenciar o Centro, por ser o espaço da Cidade que concentra toda a diversidade do povo fortalezense. É uma área de comércio, mas também de cultura, onde se pode ver exposta a beleza da arquitetura dos nossos bens patrimoniais”.
Insegurança
Presidente da organização não governamental Ação Novo Centro, Assis Cavalcante afirma que projetos como O POVO é o Centro são importantes por evidenciar dificuldades enfrentadas por quem vive a região. “Atualmente, o maior problema é insegurança, além da questão das pessoas em situação de rua. A Praça do Ferreira, por exemplo, é moradia de cerca de 120 pessoas”, estima.

Empresário com atuação no Centro, Assis afirma que a região tem muitas possibilidades de comércio e serviços. “Você encontra tudo ao mesmo tempo. O que você quiser comprar, possibilidades de emprego, supermercados, colégios e faculdades”, enumera. Para ele, o que ocorre nessa área acaba reverberando em toda a Cidade. “Reúne muita gente de todos os bairros”, completa.

A auxiliar administrativa Ana Patrícia, 28, diz preferir o Centro como local de compras e para resolver pendências cotidianas. “Eu e minha mãe amamos andar de uma ponta a outra, fazer compras na feira, e depois costumamos ficar na Praça do Ferreira tomando sorvete, olhando o movimento”, diz ela, que é moradora do bairro Pici. Para Ana, a região precisa ganhar mais visibilidade e a população tem de aprender a rever o Centro e valorizar essa importante área de Fortaleza.

A união de educação, cultura e turismo num só espaço


“O maior desafio é fazer o cearense valorizar o Centro. Para isso, é preciso lutar pela educação patrimonial”, defende Gerson Linhares, educador e turismólogo. Idealizador do “Fortaleza a pé”, projeto que sugere caminhadas para moradores e turistas, Gerson diz que o fortalezense, em geral, não se interessa pelo passado da Cidade e, por isso, a Capital não tem tradição de turismo cultural.
Para o turismólogo, a falta de interesse pela história do Centro acabou tornando o espaço mal preservado, além de mais poluído e pichado do que o resto da Capital. “Falta incentivo do poder público para vivenciar o Centro, falta valorização do patrimônio. É importante a união entre os órgãos voltados à cultura, educação e turismo”.

“As pessoas que vão ao Centro em busca de lazer acabam enfrentando o problema da mobilidade, falta estacionamento. Além disso, as pessoas ainda identificam a região como um local inseguro”, afirma Carla Vieira, diretora do Museu do Ceará.

Apesar dos problemas, a gestora afirma que viver a área é uma experiência de troca. “Você pode comprar tanto em lojas grandes como em camelôs, ir a bons restaurantes ou lanchar numa barraquinha de rua. 

Essa é a grande maravilha do Centro”, resume. 

Fonte: O Povo

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