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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Abandonada, obra habitacional Vila do Mar III é alvo de invasões




Paradas desde 2013, as obras do conjunto habitacional Vila do Mar III, na avenida Francisco Sá, não têm data para serem retomadas. A construtora Celi, responsável por este e outros três conjuntos que integram o Minha Casa Minha Vida (MCMV) em Fortaleza, alega falta de repasses para os projetos - uma dívida que chega, hoje, a R$ 14 milhões. Além dos atrasos, os locais ainda são alvos constantes de invasões e depredações.

Com 504 unidades em construção, o Vila do Mar III foi invadido na noite do último dia 9 de julho. Pelo menos 300 pessoas derrubaram os muros do canteiro de obras e saquearam casas e alas administrativas. O custo do prejuízo da ação e do abandono de dois anos sequer pode ser mensurado porque não há mais um trabalho efetivo no local, informa o representante da construtora em Fortaleza, Alexandre Lakiss.

Apesar da vulnerabilidade causada pela exposição do Vila do Mar III, outros residenciais do MCMV registram insegurança e tráfico. “Está acontecendo uma onda muito grande de ocupação que, muitas vezes, não é para habitar, mas para fazer negócio”, reconhece Eliana Gomes, titular da Secretaria do Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor). Ela promete, para setembro, reunião com órgãos como Defensoria Pública e Procuradoria Geral do Município (PGM) para tratar do assunto.

Dívida
Além do Vila do Mar III, a construtora Celi é também responsável pelas obras do Vila do Mar II (já concluído), do Vila do Mar IV (obra somente iniciada) e do Residencial Novo Jardim Castelão (alvo de invasão), no Barroso. Segundo a construtora, a dívida de R$ 14 milhões refere-se a atrasos em repasses de todas essas unidades, o que virou briga judicial. Enquanto isso, não há previsão de retomada da obra do Vila do Mar III, já que há, ainda, possibilidade de a construtora ser substituída.

A Habitafor diz que entregou à Justiça o impasse com a construtora. “Se tem pendência financeira, só o tempo da Justiça dirá. Mas todas as tentativas de manter a Celi nós fizemos. Lamentavelmente, ela não demonstrou que queria dar continuidade”, argumenta Eliana Gomes. “A gente não tem interesse em abandonar a obra, mas quer receber primeiro. Em seis meses terminaríamos tudo”, rebate Lakiss.

Mesmo sem admitir a dívida, Eliana menciona que, até o fim de agosto, o Governo Federal deve anunciar recursos para pagar as construtoras do MCMV. Junto com a liberação da verba, a expectativa é de que seja lançada a terceira etapa do programa. “Esperamos que a presidente lance o Minha Casa, Minha Vida 3 para que todas essas obras venham a se concretizar”, completou.
Fonte: O Povo

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