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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

"Centro poderá ser a nova Aldeota", diz presidente da Câmara





De acordo com o vereador Salmito Filho, atividades do Pacto em Ação objetivam incentivar a habitação do bairro


Apartir desta semana, os fortalezenses têm encontro marcado na Praça do Ferreira para discutir o futuro do Centro. Projeto da Câmara Municipal de Fortaleza, o Pacto em Ação objetiva reunir políticos, especialistas e sociedade civil para debater temas relativos ao bairro. A primeira reunião será na próxima quinta-feira, 27, a partir das 16 horas, e tem como temas mobilidade, trânsito e transporte público. 
Serão oito encontros no “coração” da Capital, às terças e quintas-feiras (o último, porém, será no sábado, 19 de setembro). O presidente da Câmara, Salmito Filho (Pros), antecipa ao O POVO as questões que nortearão as pautas desses encontros.

“A prioridade do Pacto em Ação é requalificar o Centro histórico, recuperar as praças e restaurar os prédios históricos. É um espaço que tem pujança econômica, que oferece muitos empregos e tem muita vitalidade”, defende. Porém, de acordo com o vereador, mesmo se o bairro se tornar prioridade das políticas públicas municipais, será “humanamente impossível” restaurar todo o patrimônio histórico da região. “O poder público pode estimular a iniciativa privada a abrir, por exemplo, um café, uma (loja) de grife num prédio histórico. O Centro pode ser um shopping sem ser de portas fechadas”, projeta.

Apesar de habitação não ser um dos oito temas, Salmito aponta que a questão perpassará todos os encontros. “Habitar o Centro de Fortaleza é verdadeiramente reabilitar o espaço urbano”, resume. Para o presidente da Câmara, o afastamento da população do bairro é prejudicial à Capital. “Essa expansão urbana é terrível para o cidadão e para o poder público, distancia o percurso entre a casa e o trabalho. Se o poder público municipal tivesse dado prioridade ao Centro, a população poderia estar morando no Centro histórico de Fortaleza e com vista para o mar”.

Salmito admite que a questão do adensamento urbano não se resolverá em “quatro, cinco anos”, mas, com as medidas tomadas a partir do pacto, “talvez em 20 anos”. “Nosso objetivo é construir essa agenda, esse debate. O Centro de Fortaleza poderá ser a nova Aldeota. E o novo Cocó, o novo Papicu. Também o Conjunto Ceará, a Messejana, mas de forma adensada”, aponta. Para o vereador, o ideal seria construir torres residenciais no bairro para que as pessoas pudessem morar e trabalhar “na mesma quadra”.

A partir das críticas, questões e propostas ouvidas na Praça do Ferreira serão incluídas no “Pacto Revisado por Fortaleza” (2010-2020). “Vamos entregar essa agenda pactuada e propositiva para o prefeito”. A ideia é que as sugestões permaneçam norteando as decisões sobre a Capital. “Se for construída com consistência técnica e participação popular, daqui a dez anos, a 15 anos, essa agenda ainda poderá estar contribuindo”.
Saiba mais

Salmito Filho comenta os temas dos encontros:


Mobilidade, trânsito e transporte público (27/8)
“Queremos debater e ouvir os taxistas, os mototaxistas e os especialistas em trânsito”.
Valorização das vias e passeios do Centro (1º/9)
“É interessante discutir, por exemplo, se nas vias do Centro se coloca asfalto novo ou paralelepípedo”.
Reforma do Mercado Central: desafios e conquistas (3/9)
“Se você perguntar aos turistas que vêm a Fortaleza, tem um local que eles não querem deixar de ir que é exatamente o mercado. E tem centenas e centenas de fortalezenses que trabalham lá”.
Requalificação de edifícios históricos, praças e espaços culturais (8/9)
“O Centro é as praças, as vias, os passeios, os prédios históricos. Grande parte do patrimônio histórico cultural de Fortaleza se concentra no Centro”.

Comércio, turismo, geração de emprego e renda (10/9)
“O Centro histórico poderá ser uma nova matriz para a economia do turismo, do turismo histórico-cultural, que gera muita renda”.
Ambulantes, feiras e ocupações (15/9)
“O comércio ambulante está desordenado. A grande concentração de moradores de rua em Fortaleza é exatamente no Centro”.

Segurança cidadã (17/9)
“É uma demanda das comunidades que fazem o Centro”. 
Proposta transferência da sede da Câmara Municipal de Fortaleza para o Centro (19/9 )
“Nós podemos levar a Câmara para o Centro construindo uma nova sede. Ao mesmo tempo poderemos estar mais perto da população e isso tem um efeito de educação para a cidadania muito grande”.

Fonte: O Povo

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