Deu no O POVO: "A prefeita Luizianne Lins qualificou a proposta da construção do Estaleiro Promar Ceará na área da INACE/ Industria Naval do Ceará e sugeriu um diálogo entre a empresa e o Promar para viabilizar o projeto em parceria. (...) A alternativa ao Titanzinho é vista com -bons olhos- pela chefe do Executivo Municipal. -Quando a Câmara começou a fazer o debate sobre a Inace, que é um estaleiro privado, eu achei isso uma coisa interessante. E a Inace já sinalizou que tem interesse. Como é que uma cidade com 32 quilômetros de orla vai ter dois estaleiros? Eu acho que nós podemos tentar-, sugeriu a petista``. Comentário: corre o risco de a emenda sair pior que o soneto, que já era ruim. De fato, dois estaleiros na orla de Fortaleza seria mais inadequado do que apenas um. Porém, o local que abriga o estaleiro da Inace é, em vários sentidos, muito mais importante para Fortaleza do que o Titanzinho e seu entorno. Trocando em miúdos, no limite, se é para ter um estaleiro em Fortaleza, menos mal seria que os dois equipamentos se juntassem no Titanzinho e não na Praia de Iracema.
UMA PÉROLA DA CIDADE
A localização do Inace, encravado na Praia de Iracema, é um bom exemplo de como um equipamento industrial pode atrapalhar o planejamento e correto desenvolvimento urbano de uma cidade. Ali é o local mais belo e bucólico de Fortaleza. A área tem um imenso potencial par a a realização de negócios turísticos. Fica colado na ponte metálica e na ponte dos Ingleses. É vizinha à área que o Governo recebeu da Prefeitura para construir o Acquário. Está a poucos passos do Dragão e do antigo prédio da Alfândega, que pertence à Caixa Econômica e receberá um Centro Cultural. Uma curta caminhada para a esquerda de quem sai do Inace nos leva ao Forte de Nossa Senhora da Assunção, ao Passeio Público - recentemente recuperado-, à Catedral, ao Mercado Municipal e ao Paço Municipal, também renovado. Próximos dali, estão a Estação João Felipe, a Emcetur e o prédio da Santa Casa. Nas proximidades, a bela área da Praia de Iracema que está recebendo imensos investimentos da Prefeitura. Fortaleza nasceu de costas para o litoral, mas algumas obras bem planejadas podem descortinar o Centro Histórico estabelecendo uma nova relação com a praia e o mar. Coisa difícil de acontecer caso dois estaleiros se juntem naquele local.
EM TROCA DOS VELHOS ESTALEIROS
Citando o urbanista Fausto Nilo em artigo publicado no O POVO: "Mesmo com a ajuda de recursos tecnológicos atuais, as atividades de um estaleiro resultam em situações perigosas causadas por poluentes, incluindo-se entre estas os restos de cádmio, cromo e chumbo. Por sua própria natureza física, a imagem urbana de um estaleiro com fronteiras fixadas por muralhas não se harmoniza com os espaços públicos de vizinhanças. A poluição sonora é insuportável. O intenso tráfego de cargas produzido pelas atividades relacionadas a ele será inevitável. Ninguém suporta a insalubridade de viver em proximidade de um estaleiro e isso pode ser constatado em todas as situações existentes no mundo... Tomemos apenas o caso de Bilbao, cidade que chegou a ser a mais rica de seu pais, por conta de seu porto, da indústria de aço, da mineração e da construção de navios. Hoje, (...) Bilbao é reconhecida por sua audaciosa decisão em promover a renovação urbana dessas áreas. Ela trocou os velhos estaleiros por parques, museu, universidade e transporte avançado, incrementando de maneira notável a atratividade turística da cidade".
Fonte: Jornalista Fabio Campos/ Coluna POLITICA/ O POVO
UMA PÉROLA DA CIDADE
A localização do Inace, encravado na Praia de Iracema, é um bom exemplo de como um equipamento industrial pode atrapalhar o planejamento e correto desenvolvimento urbano de uma cidade. Ali é o local mais belo e bucólico de Fortaleza. A área tem um imenso potencial par a a realização de negócios turísticos. Fica colado na ponte metálica e na ponte dos Ingleses. É vizinha à área que o Governo recebeu da Prefeitura para construir o Acquário. Está a poucos passos do Dragão e do antigo prédio da Alfândega, que pertence à Caixa Econômica e receberá um Centro Cultural. Uma curta caminhada para a esquerda de quem sai do Inace nos leva ao Forte de Nossa Senhora da Assunção, ao Passeio Público - recentemente recuperado-, à Catedral, ao Mercado Municipal e ao Paço Municipal, também renovado. Próximos dali, estão a Estação João Felipe, a Emcetur e o prédio da Santa Casa. Nas proximidades, a bela área da Praia de Iracema que está recebendo imensos investimentos da Prefeitura. Fortaleza nasceu de costas para o litoral, mas algumas obras bem planejadas podem descortinar o Centro Histórico estabelecendo uma nova relação com a praia e o mar. Coisa difícil de acontecer caso dois estaleiros se juntem naquele local.
EM TROCA DOS VELHOS ESTALEIROS
Citando o urbanista Fausto Nilo em artigo publicado no O POVO: "Mesmo com a ajuda de recursos tecnológicos atuais, as atividades de um estaleiro resultam em situações perigosas causadas por poluentes, incluindo-se entre estas os restos de cádmio, cromo e chumbo. Por sua própria natureza física, a imagem urbana de um estaleiro com fronteiras fixadas por muralhas não se harmoniza com os espaços públicos de vizinhanças. A poluição sonora é insuportável. O intenso tráfego de cargas produzido pelas atividades relacionadas a ele será inevitável. Ninguém suporta a insalubridade de viver em proximidade de um estaleiro e isso pode ser constatado em todas as situações existentes no mundo... Tomemos apenas o caso de Bilbao, cidade que chegou a ser a mais rica de seu pais, por conta de seu porto, da indústria de aço, da mineração e da construção de navios. Hoje, (...) Bilbao é reconhecida por sua audaciosa decisão em promover a renovação urbana dessas áreas. Ela trocou os velhos estaleiros por parques, museu, universidade e transporte avançado, incrementando de maneira notável a atratividade turística da cidade".
Fonte: Jornalista Fabio Campos/ Coluna POLITICA/ O POVO
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