Durante a administração do Prefeito Antônio Cambraia (1993/1996), participei da elaboração e da implementação do "Projeto para uma Fortaleza Saudável", do primeiro Plano Plurianual de Fortaleza, da revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo, da valorização do Instituto de Planejamento do Município (IPLAM), da reedição do Fórum Adolfo Herbster, como fórum de discussão dos temas e caminhos da cidade, entre outros, hoje ignorados.
São desconhecidas as prioridades da gestão ou não parece haver uma ação consistente com elas. A ação pública se revela descontínua e, em muitos setores, paralisada pela indefinição. Há preconceito quanto à ação dos empresários e dificuldade de acesso desses aos centros de decisão municipais, para a articulação de qualquer trabalho em parceria.
A elaboração do Plano Diretor foi feito com alheamento dos técnicos ainda pertencentes aos quadros municipais e que conhecem a evolução da Cidade. Privilegiaram-se as visões externa, paulista, do funcionamento da cidade e fragmentada dos bairros, desconsiderando-se o conhecimento local e as representações legítimas dos setores da cidade que poderiam oferecer um olhar complementar, estruturante, de sua organização.A cidade precisa ser competitiva no contexto do mundo atual. Para isso, é necessário um salto nos padrões da gestão municipal.
Paulo Cesar de Souza Batista
Economista/ Consultor
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