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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Castelão: estádio da Copa passa por testes em túnel de vento

Ensaios foram iniciados dia 20, no IPT, para checar a segurança do projeto


Imagens do ensaio: ventos, fumaça e laser colorido (crédito: IPT/Divulgação)

Fortaleza, no Ceará, é uma das cidades com maior incidência de ventos entre as capitais brasileiras. As brisas sopram todo o tempo e colaboram para manter o clima relativamente confortável. Mas, vez por outra, alguns ventos mais fortes produzem acidentes com árvores, telhados e outros itens urbanos com maior área vélica, como vai ser a grande cobertura do novo estádio Castelão para a Copa de 2014.

Para eliminar qualquer risco, nesta quarta-feira (20), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em São Paulo, iniciou a série de testes em túnel de vento sobre o modelo em escala da futura arena cearense. O laboratório é um dos melhores do mundo, dotado dos instrumentos mais avançados disponíveis no mercado. Foi construído em 2002 para ensaios de construções e embarcações, mas já realizou testes bem curiosos como o da bola Jabulani, em 2010, conta o pesquisador Gilder Nader, especialista em Engenharia do Vento e responsável pelo ensaio com o Castelão.

Esta fase do ensaio procura avaliar o comportamento da cobertura do estádio em relação à pressão dos ventos. Para "medir" essas pressões, o modelo recebe centenas de pequenas mangueiras, dispostas em pontos estratégicos em toda a estrutura. Esses tubinhos são conectados a sensores de pressão, por sua vez ligados a computadores que registram os dados aferidos.

Castelão: ensaio de ventos em laboratório

Submetido aos ventos do ensaio, o sistema indica as tensões sobre e sob a cobertura e revela as forças sobre os elementos estruturais da edificação. "Medimos a pressão, que é força distribuída por área. Do ensaio resultam coeficientes de força e de pressão que permitem simular situações mais críticas, por meio de modelos matemáticos. No caso do Castelão, trabalhamos com velocidades baixas, em torno de 50 km por hora, mas as informações obtidas nos permitem calcular qual vai ser o comportamento da estrutura a 100 ou 150 km por hora", explica Nader.

Depois, caberá ao engenheiro de estruturas avaliar os resultados e estudar a necessidade de reforçar pontos da cobertura ou dos pilares. Em alguns casos, também é possível reduzir as dimensões da estrutura, com economia, pondera Nader, do IPT.


Os trabalhos desta fase devem ser encerrados no final da semana. Posteriormente, caso os resultados indiquem, um novo modelo poderá ser submetido a ensaios dinâmicos, para verificar os limites de vibrações da estrutura.

Os ensaios foram acompanhados pelo arquiteto Ronald Werner, da Viggliecca Arquitetos, responsável pela arquitetura, e pelo engenheiro Flavio D'Alambert, autor do projeto de estrutura. Do Ceará, estavam presentes o secretário Especial da Copa, Ferrúcio Feitosa, responsável pelo Mundial no Ceará, os arquitetos Francisco Cavalcanti e Anco Franco, do DAE/CE, além de representantes do consórcio construtor, que contratou o ensaio.


FONTE: Portal 2014

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