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terça-feira, 13 de março de 2012

População reclama de falhas de acessibilidade

Carência de acessibilidade e estacionamento irregular são apontados como problemas por quem anda nas avenidas Bezerra de Menezes e Domingos Olímpio, reformadas pela Prefeitura
 
FOTO: GABRIEL GONÇALVES
População reclama que os carros estacionam em cima da calçada recém-reformada


Vândia Robéria não tem dificuldades para caminhar, mas sente por quem tem rodas ou muletas como meios de ir e vir. A professora de 47 anos é observadora e, nas andanças pela avenida Bezerra de Menezes, reparou: faltam rampas nas calçadas. “Não tem suficiente. É uma falha. Não olharam que tem gente com dificuldade de transitar”, diz.

Apesar de contrastarem com as dezenas de calçadas apontadas como irregulares por internautas do Portal O Povo Online, em mapa colaborativo disponível há um mês, os passeios recém-feitos pela Prefeitura, por meio do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), não são imunes às críticas.

“Ficou bom, muito bem feito, mas, em alguns cantos, o trânsito é horrível, os carros param em cima da calçada. E ninguém vê isso? Passa moto, passa carro bem devagar”, comenta a aposentada Maria de Jesus de Vasconcelos, 72. “Pra quem anda a pé tá ótimo. Mas estacionamento aqui ficou péssimo”, reclama o técnico em eletrônica Francisco de Assis, 57.

“Acho que ficou mais ou menos. Quem vai de cadeira de rodas, mais ali na frente, o poste fica bem no meio do caminho”, comenta o porteiro Luciano Pascoal, 49. “E o telefone (público) tinha que ser encostado na parede”, avalia. Para a aposentada Benvinda Maria de Sá, 56, os problemas na avenida são um impasse. Cadeirante, dona Benvinda já encontrou irregularidades na avenida. “As rampas perto da (rua) Padre Anchieta são uma aberração, muito íngremes. Pessoas normais não se arriscam em descer por aquilo. É uma falsa acessibilidade”, afirma.

Na avenida Domingos Olímpio, a representante de vendas Liana Leite, 47, reclama da qualidade do serviço. “É mal cimentado. Já está destruído em muitos pontos”, aponta. A coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), Zilsa Santiago, aponta outra falha: “Em alguns locais não foi colocada sinalização de piso tátil e direcional para cegos. Nesse aspecto, vejo que ainda fica a desejar”, avalia.

Ajustes

As obras do Transfor ainda não estão encerradas. A informação é do coordenador do programa, Daniel Lustosa. Por isso, ele cita, “adequações pontuais” ainda serão feitas até julho, quando Domingos Olímpio e Bezerra de Menezes serão oficialmente entregues. “Estamos em processo contínuo de aprimoramento, com programa de auditoria nas obras. Foram detectados locais pontuais que não estão conformes. Todos serão ajustados sem ônus para o Município”, diz.

Para esta etapa, cita, é importante a colaboração de quem identificar irregularidades nas obras. Segundo o coordenador, piso tátil ainda deve ser colocado em trechos das calçadas recuperadas, o que não deve danificar o calçamento já colocado. Até dezembro, o Transfor padronizará 164 quilômetros de calçadas. Após a obra, o dono do lote fica responsável pela conservação e manutenção do passeio.

Resumo da série
Em dois dias, O POVO mostrou como estão as calçadas de Fortaleza. A partir de denúncias de internautas em mapa colaborativo do Portal O Povo Online (www.opovo.com.br), a reportagem visitou pontos com irregularidades e ocupação. O que se constatou é que faltam fiscalização e educação. Encerrando a série, mostramos que até as calçadas recém-feitas pela Prefeitura têm imperfeições.

Fonte: O Povo

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