O encontro aconteceu no coração do Bom Jardim, um bairro quase sem praças, a algumas centenas de metros do rio Maranguapinho, onde existem centenas de metros de áreas residuais urbanas que poderiam ser aproveitadas para a construção de um belo parque urbano. E porque isso não acontece?
A proposta que leva conhecimento aos diversos públicos de uma comunidade pretende aproximar o conhecimento técnico da linguagem cotidiana, ao se falar de temas como assentamentos informais e interface com as áreas frágeis, tratamento das margens dos corpos d’água, saneamento ambiental, regularização fundiária, especulação imobiliária. E, mais uma vez, por em debate a falta de investimentos urbanos nessas áreas.
De acordo com a professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFC, Clarissa Freitas, que esteve à frente da aula no Bom Jardim, “os mecanismos que levam à desigualdade ambiental e à ausência de espaços de lazer nos bairros periféricos, tem relação com o planejamento urbano da cidade, que ocorre de maneira equivocada”, explica.
A atual gestão municipal trabalha com projetos de adoção de áreas verdes, mas usa a parceria com o privado, no entanto, as adoções de praças acontecem apenas nos bairros nobres da cidade. “A periferia, principalmente os bairros das regionais 5 e 6 são os mais carentes desses espaços de lazer. Estes contam com um orçamento pequeno não atendendo a grande demanda”, declara.
E o projeto segue, no último 31 de março foi a vez do Conjunto Ceará, vivenciar a experiência de trocar conhecimento. Alexandre Vale, do Departamento de Ciências Sociais falou sobre direitos sexuais e direitos humanos no Pólo de Lazer Luis Gonzaga.
Fonte:Oestado
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