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quinta-feira, 9 de abril de 2015

"Todos nós somos responsáveis pela situação dramática de nossas cidades", diz Álvaro Puntoni



No mês passado, São Paulo foi anunciada como a próxima sede da Bienal Ibero-Americana de Arquitetura (BIAU). Será a primeira vez que o evento acontecerá numa cidade brasileira. Organizada pelo Ministério de Fomento do Governo da Espanha e o Conselho Superior de Arquitetos da Espanha, a BIAU 2016 ainda não tem uma data definida, mas o mais provável é que seja realizada em julho.


A coordenação local será feita pelo IAB-SP. Conversamos com o arquiteto Álvaro Puntoni, que coordenou a campanha para sediar o evento, sobre a importância para a arquitetura nacional de ter eventos como a BIAU e o Congresso da UIA (em 2020, no Rio).

IAB: Depois de ganhar o direito de sediar o Congresso da UIA, no Rio, o Brasil conquista também a Bienal. Qual a importância para o país de sediar estes dois eventos?
Eventos como este reforçam a importância da arquitetura no cenário cultural em nosso país, além de promoverem o encontro entre diferentes culturas e pessoas.

IAB: O que foi decisivo para que São Paulo desbancasse o Porto nessa disputa?
Apesar de a última edição da BIAU ter sido na América do Sul (Rosário, Argentina), há um grande interesse pela metrópole de SP e as questões que ela pode suscitar, como o enfrentamento do déficit habitacional e o desenho da infraestrutura urbana, por exemplo, além das questões relacionadas à mobilidade.

IAB: O que podemos esperar da Bienal Ibero-Americana de São Paulo?
Temos agora pouco mais de um ano para trabalhar na elaboração do programa acadêmico da BIAU, que ocorrerá provavelmente em julho do ano que vem. Esperamos que seja um momento de aproximação das questões comuns que afligem a disciplina e nossas cidades.

IAB: O que pode surpreender os profissionais que vierem tanto à Bienal como ao Congresso da UIA, em 2020?
A arquitetura realizada no Brasil, nas ultimas décadas, somada a toda aquela já produzida pelos arquitetos modernos, constitui um conjunto que desperta muito interesse nos arquitetos de outros países. Em especial, pela forma consistente com a qual se apropriou de questões universais colocadas pela arquitetura moderna nos países centrais. Soubemos adaptar bem e inserir, no âmbito local, por exemplo, aspectos tecnológicos e as novas relações espaciais e urbanas.

IAB: Como o Sr. vê as mudanças que vêm acontecendo em São Paulo? 
Todos nós somos responsáveis pela situação dramática de nossas cidades e somente nós seremos capazes de superar estas questões. De fato, São Paulo vem tentando, nestes últimos dois anos, reverter um quadro marcado por certa imobilidade em relação às ações necessárias para a transformação da urbe. Interessante a ideia de conflito que estas mudanças podem eventualmente causar: aprendemos que não podemos transformar aquilo por que tanto ansiamos sem participar de alguma forma.


Fonte:IAB

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