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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Vincent Callebaut propõe autossuficiência energética para Roma


O arquiteto francês Vincent Callebaut criou um super projeto para transformar o distrito militar de Roma em um ecossistema urbano autossuficiente. Batizada de "Città della Scienza", ou a Cidade da Ciência, a comunidade incentiva o uso do design sustentável e energias renováveis.

A fim de estabelecer um movimento no qual a paisagem e a obra de arte estejam intimamente ligadas, a proposta do Callebaut é coberta com plantas comestíveis, que se auto-produzem, e são orgânica. Telhados e varandas também não poderiam faltar no projeto de uma cidade verde, bem como pomares e hortas, que tornam-se estruturas primárias.
Em uma área de 86 mil metros quadrados, a região - que liga o museu Maxxi, de Zaha Hadid, ao auditório, no norte de Roma - é considerada crucial no processo de regeneração da cidade . O projeto oferece grandes espaços públicos, gerando uma conectividade urbana entre diferentes identidades do distrito e destinos culturais.
Acompanhe os seis princípios fundamentais do design da proposta de Vincent Callebaut:
1. Correlação com o contexto e história industrial: em seu interior, as avenidas arborizadas são mantidas como impressões digitais, os edifícios industriais pré-existentes são transformados em lofts. A maioria das residências e espaços comerciais estão alinhadas ao longo da borda do local para dar forma e consistência ao grande bloco original.
2. Articulação de diversos espaços públicos, tipos de construção e linguagens arquitetônicas: o sistema de espaços públicos, apesar de sua variedade, forma uma estrutura unitária. A variação de tipos de edifícios e linguagens arquitetônicas apresenta uma qualidade estética, além de todo o local ser acessível a pedestres.
3. Espaços urbanos flexíveis e multifuncionais: estão ligadas lojas de varejo, ateliês para artistas e artesãos, pequenas galerias de arte, bares e restaurantes, serviços de proximidade, espaços para eventos e exposições de ciências da cidade, tudo pensado de forma a não perturbar a vida privada e da intimidade que deve caracterizar os espaços residenciais.
4. Paisagem urbana cheia de árvores: o plantio intensivo de árvores maduras é projetado não só pela sua beleza intrínseca, mas também para os efeitos ambientais positivos (redução das emissões de CO2, remoção de partículas, microclimas em espaços públicos). Os telhados e varandas tornam-se pomares comunitários ou jardins para elaborar um plano florescente e fértil.
5. Bio-sustentabilidade das plantas urbanas e edifícios: a arquitetura da paisagem visa atingir a recuperação de água da chuva para irrigação de áreas verdes públicas e privadas, a produção de eletricidade fotovoltaica, o controle de microclimas em espaços públicos (luz e sombra), a reciclagem de resíduos sólidos urbanos no local a partir da biomassa, os edifícios energeticamente eficientes (tratamento de fachadas no que diz respeito à orientação) e, finalmente, os aparelhos de iluminação com turbinas micro-vento integradas.
6. Mix social das unidades habitacionais: o projeto propõe uma ampla escolha de apartamentos de escalas em diferentes tipos de construção, tendo em conta a diversificação esperado da procura de habitação.
O projeto foi estudado em colaboração com os duas agências com sede em Roma: COFFICE - estúdio di Architettura e Urbanistica e estúdio d'architettura Briguglio Morales.


Fonte:Arcoweb

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