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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Famílias são desalojadas e protestam por moradia na Aerolândia


Famílias que ocupavam irregularmente o prédio onde funcionava o Centro de Desenvolvimento Infantil (CDI), na Aerolândia, foram despejadas na manhã de ontem. De acordo com a comunidade, eram mais de 100 famílias. Depois da desocupação, representantes dos moradores seguiram para o Paço Municipal, no Centro onde reivindicaram por moradia.
No dia 27 de junho, segundo a Prefeitura, 174 famílias que moravam no prédio havia dois anos receberam unidades habitacionais no Residencial Cidade Jardim, no José Walter, pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do Governo Federal. Dias depois, o local, que pertence ao Fundo Cristão para Crianças, foi novamente ocupado.
Por volta das nove horas de ontem, equipes do Pelotão Especial da Guarda Municipal e do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque-PM) iniciaram a desocupação. Na sequência, houve a demolição do prédio com tratores. Agentes da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) bloquearam o trânsito.

De acordo com a presidente da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), Eliana Gomes, está sendo articulada entre Prefeitura, Estado e o Fundo Cristão a construção de uma escola de tempo integral no local. “Nós estamos orientando que as famílias procurem as regionais ou a sede da Habitafor, na Aguanambi, nº 1.770, para fazer o cadastro no MCMV. Entendemos que o direito de habitação deve ser garantido, mas não trabalhamos com demandas espontâneas e é preciso fazer o cadastro”, informou. Em agosto, de acordo com Eliana, o prefeito Roberto Cláudio (Pros) deverá promover o sorteio de duas mil novas unidades habitacionais.
 
A desocupação
A reclamação entre a maioria das famílias desalojadas ontem foi a falta de tempo para retirar os pertences de dentro da edificação. “Consegui tirar a cama, cômoda, mas perdi fogão, geladeira”, conta a diarista Elizângela Micaele, 28, que pagava aluguel no Barroso até que se mudou com os três filhos para um “cantinho” que um conhecido cedeu.

Houve também o protesto de algumas famílias que alegavam já ter cadastro no programa e que deveriam ter recebido unidade no Cidade Jardim. “Era pra gente ter saído na primeira remessa”, reclamou Maria Nadiane. Do outro lado da via, também na rua Capitão Aragão, onde funcionava a quadra do CDI, outras pessoas que ocupam irregularmente o espaço estavam na expectativa de que a estrutura seja demolida hoje.

Fonte: O Povo

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